O nosso Convidado é Domingos Simões Pereira, Primeiro-ministro, da Guiné Bissau, até 12 de agosto, quando foi demitido, pelo Presidente, José Mário Vaz, avançando argumentos de crise política grave, impedindo o normal funcionamento das instituições do Estado.
Domingos Simões Pereira, antigo secretário-executivo da CPLP e actual Presidente do PAIGC, que ganhou as eleições legislativas de 2014, em entrevista exclusiva à RFI, reconhece que há problemas pessoais de desentendimento, com o Presidente da República, mas que, não podem ser argumentos plausíveis, entre homens de estado, para o chefe de estado, demitir um Primeiro-ministro.
"A menção desses desentendimentos e dificuldades de relacionamento, nós próprios, reconhecemos que temos tido dificuldades, mas, nunca entendemos, que isto tinha uma expressão, ao ponto de impedir o normal funcionamento das instituições; o Presidente da República, tratou de elevá-lo, a este ponto, portanto, nós não estamos de acordo, mas compreendemos."
"Agora, o problema é que o Presidente da República optou por associar a esse argumento, um conjunto de acusações, que nós, não só, refutamos, liminarmente, como dizemos, não corresponder, minimamente, à verdade!"
"E portanto, não só, em termos pessoais, mas mesmo, em termos da representação, nós não podemos aceitar, que sejam feitas, de forma gratuitas, essas acusações, e portanto, temos a intenção de trazer a limpo, elementos, que permitam trazer alguma luz, porque parece-nos, evidente, que se alguém tem que fazer alguma explicação de recursos, mal apropriados, certamente, que não sou eu (...)
"Agora, a nível do nosso relacionamento, há leis, há regras, e o que o PAIGC pede, é que essas regras sejam respeitadas e sejam aplicadas."
Palavras de Domingos Simões Pereira, cujo nome, foi escolhido pelo PAIGC, de que é líder, esta quinta-feira, 13 de agosto, e que vai ser apresentado, ao Presidente da República, para Primeiro-ministro, do próximo governo, da Guiné Bissau.
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