terça-feira, 12 de outubro de 2021

UNTG ACUSA GOVERNO DE INTIMIDAR FUNCIINÁRIOS PÚBLICOS QUE ADERIRAM À GREVE

O porta-voz da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Central Sindical (UNTG-CS), Malam Indjai, acusou o governo de adotar a estratégia de intimidação e amedrontar os funcionários públicos, através de ameaça de descontos e processos disciplinares contra os técnicos de saúde e de tê-los obrigado a recorrer às greves.

O porta-voz da UNTG afirmou que a luta desencadeada pela Central Sindical “é justa e necessária”.

“Ao invés de priorizar o entendimento com a central sindical, o governo recorreu a estratégia de intimidação, ameaças de descontos e processos disciplinares contra os profissionais de saúde que aderiram às greves, sobretudo à paralisação do passado dia 20 de setembro, que teve repercussões notáveis na vida dos cidadãos”, acusou o porta-voz.

Em conferência esta terça-feira, 12 de outubro de 2021, para anunciar a nova paralisação na função pública que se iniciou esta terça-feira e que deverá vigorar até 31 de outubro , Malam Indjai assegurou que os serviços mínimos serão garantidos nos setores essenciais ou considerados vitais.

“Mas os serviços mínimos só poderão ser observados caso os funcionários tenham meios financeiros para movimentarem-se, conforme ficou acordado na negociação com o governo”, ressalvou.

Na nota do pré-aviso de greve que O Democrata consultou, a UNTG alega que os funcionários públicos neste momento vivem uma situação de penúria e com nível baixo de salários em comparação com os trabalhadores dos países da sub-região e que o que ganham não chega para resolver nada nem assegurar o sustento das famílias.

No mesmo documento, a Central Sindical denuncia que os trabalhadores do setor privado não tiveram nenhuma proteção por parte do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), que deveria assegurar o pagamento, em parte, dos seus salários e que o governo não tomou também nenhuma providência sobre a matéria.

A central sindical exige do executivo pagamentos dos salários em dívida no setor da educação de 2003 a 2006 e de 2017 a 2019. O pagamento de retroativos a professores requalificados e a carga horária, a implementação cabal do estatuto da carreira docente em vigor e a conclusão do processo de efetivação de professores.

Em relação ao setor de saúde, a UNTG exige o pagamento de nove meses aos novos ingressos de 2021, o pagamento de salários dos técnicos colocados, o pagamento de subsídios de isolamento e de vela, o pagamento das dívidas retroativas, a aprovação e promulgação do estatuto do farmacêutico, biomédicos e código de ética e deontologia de enfermagem, bem como o desbloqueio de salários dos técnicos que aderiram à greve de 2020 e 2021.

A central sindical exige também a harmonização salarial e a definição de salário mínimo nacional em cem mil (100.000) francos CFA’s na função pública.

Para o Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos da Saúde e Afins (SINETSA), o governo tem dívidas de 09 a 15 meses a cerca de mil e quinhentos( 1500) profissionais de saúde, razão pela qual a organização não pode garantir ou exigir dos associados a prestação de serviço mínimo durante a nova paralisação que deve vigorar de 12 a 31 de outubro de 2021.

Por: Epifânia Mendonça
Conosaba/odemocratagb

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