O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, pediu hoje aos sindicatos de professores para se sentarem à mesa com o Governo para chegarem a um entendimento, de forma a não prejudicarem a população.~
"Todos nós estamos aqui e assistimos aos problemas desta terra. Se não unirmos esforços para deixarmos a política incendiar a terra, não vamos a lado nenhum. Pedimos aos nossos irmãos professores para se sentarem à mesa com o Governo para discutirmos e chegarmos a um entendimento para não prejudicarmos a população", exortou Nabiam.
O chefe do governo guineense falava depois de uma visita efetuada à unidade escolar Dr. José Ramos Horta, no bairro de Quelélé, em Bissau, a convite da associação de pais e encarregados da educação.
A escola Dr. José Ramos Horta conta com seis mil alunos, mas apresenta sinais de degradação ao nível das casas de banho e do telhado.
"Demonstramos aos sindicatos a vontade do Governo em negociar para mostrar a situação real ou os problemas que existem. Não é só a Guiné-Bissau que não está bem, mas estamos a fazer um esforço para continuarmos a pagar os salários que temos de pagar. Estamos a esforçar-nos para pagar as dívidas existentes", assegurou Nuno Nabiam.
O primeiro-ministro salientou que as dívidas com os professores referentes a anos anteriores são "para pagar", mas que o Governo está a procurar forma de resolver a situação.
Nuno Nabiam criticou a greve no setor da saúde, salientando que é "ir contra a população".
A função pública da Guiné-Bissau realizou greves consecutivas desde dezembro de 2020 e a principal central sindical do país marcou uma nova greve geral, que vai decorrer até ao final de outubro.
Relativamente à situação da degradação da escola Dr. José Ramos Horta, Nuno Nabiam admitiu que é vergonhoso ver as crianças a lutarem por um lugar para se sentar nas carteiras, porque não são suficientes.
"É vergonhosa esta situação depois de 48 anos da nossa independência. Temos de resolver o problema", afirmou, acrescentando que vai ajudar a direção da escola a resolver os problemas.
Conosaba/Lusa
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