As meninas da Guiné-Bissau pediram hoje ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, educação, saúde e respeito pelos seus direitos, no âmbito da celebração do Dia Internacional das Raparigas, organizado pela Plan International.
"Na Guiné-Bissau, as meninas estão entre a população mais vulnerável, pois seus direitos são os mais negados, começando pelos mais básicos, como ter um registo de nascimento ou ir à escola. Elas também têm maior probabilidade de se casar ou dar à luz jovens, ou ser vítimas de mutilação genital feminina", afirmou Taibú Djau, que discursou perante o chefe de Estado, no Palácio da Presidência, em nome de todas as raparigas do país.
Taibú Djau salientou que as meninas têm "direito a uma vida segura e saudável" não só enquanto crescem, mas também quando se tornam mulheres.
"O Presidente tem a responsabilidade de garantir que os direitos de todas as crianças, especialmente das meninas, sejam respeitados. Isso inclui o direito a uma educação de qualidade e inclusiva, direito a um início de vida saudável, à saúde sexual e reprodutiva e direito de serem protegidas contra todas as formas de violência, incluindo a violência sexual e baseada no género", afirmou.
O chefe de Estado disse que a iniciativa era "significativa e bonita" e que a interpelação serviu para mostrar a necessidade de unir esforços e assumir compromissos políticos e sociais firmes para combater a desigualdade que atinge as meninas.
Umaro Sissoco Embaló lembrou que os direitos humanos são universais e que na Guiné-Bissau são constitucionais e que a defesa das meninas é uma "obrigação do Estado e da sociedade guineense".
"A igualdade do género começa na família e deve ser praticada em todas as instituições", disse Embaló, lembrando que sempre se posicionou contra o casamento precoce das meninas guineenses.
Conosaba/Lusa
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