As eleições legislativas número seis, na história da Guiné-Bissau, foram realizadas há dois anos, em 10 de março de 2019, cujos resultados deram vitória ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), com uma maioria relativa de 47 mandatos.
Dois anos depois da ida às urnas, o poder já não está com o partido vencedor das legislativas. Uma “engenharia política” afastou o PAIGC da governação que partilhava com três outras formações políticas representadas na Assembleia Nacional Popular (ANP), depois de o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, um dia depois da sua “investidura simbólica” ter demitido o executivo então liderado por Aristides Gomes.
O segundo partido mais votado nas eleições de há dois anos, o Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), com 27 mandatos, o Partido da Renovação Social (PRS) e a Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) estão a governar, sob forte “vigilância” de Sissoco Embaló, que tem se mostrado o “todo poderoso” e único que manda e autoriza.
Para vários observadores, o governo guineense, liderado por Nuno Nabiam tem a cara de Umaro Sissoco Embaló e está em “obediência” ao chefe de Estado, que tem presidido todas as reuniões do Conselho de Ministros e anunciado todas as “grandes decisões” sobre a vida política do país.
Dois anos depois das eleições legislativas, que alguma esperança dava aos guineenses, a situação do país continua na mesma, desde que se instalaram as atuais autoridades. Em tempos da pandemia da COVID-19, cidadãos continuam a ser raptados e espancados, por discordarem com certas decisões, o Presidente da República não para de ameaçar a liberdade de imprensa e de expressão.
Por CNEWS com Conosaba do Porto
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