quinta-feira, 18 de março de 2021

PRESIDENTE DE IMC DEFENDE CRIAÇÃO DO CENTRO DE ACOLHIMENTO PÚBLICO


A presidente do Instituto das Mulheres e Crianças defendeu a criação do centro de acolhimento público para as crianças talibés e as vítimas da violência doméstica.

“Solução ou acção concreta sobre as crianças talibés e jovens raparigas vítima da violência baseada no género é a criação de um centro público de acolhimento. Não temos ainda um centro de acolhimento público no país e já estamos no processo de identificação do local, porque sem o espaço é difícil erradicar esta situação”, defendeu Cádi Florença Dabo Correia, durante a entrevista à Rádio Sol Mansi, sobre fenómeno da venda ambulante das crianças nas ruas e locais de grandes movimentações do país.

Na mesma entrevista, a responsável anunciou que “a situação do casamento precoce, a gravidez indesejável e a violência baseada no género tem crescido no país, ainda mais com a situação da pandemia de Covid-19 que obriga o confinamento e há algumas famílias que já não aguentam com a cesta familiar e estão a mandar as suas filhas para o casamento precoce, então um centro de acolhimento vai permitir albergar todas estas camadas vitimadas”, afirmou.

No final de Novembro do ano passado, presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ordenou o fim do casamento precoce, salientando que as raparigas não podem casar antes dos 20 anos e disse que o lugar das crianças é na escola.

Apesar deste anúncio, praticamente nada está a ser feito para pôr cobro a situação que tem aumentado no país com a pandemia da Covid-19.

Em relação as crianças talibés o presidente do Parlamento Nacional Infantil Sebastião Tamba Júnior defendeu a “coordenação” dos trabalhos entre as instituições e as organizações vocacionadas para erradicação desta prática associada com a religião.

Não obstante, a presidente do Instituto das Mulheres e Crianças, Cádi Correia, recorda aos pais e encarregados da educação de que “dada a situação da pandemia da Covid-19, as crianças passarão a ser um risco nas ruas do país”, aconselhou.

Nas ruas do país sobretudo em Bissau várias crianças não só nacionais, são obrigadas a pedir esmolas incluindo as raparigas para o sustento familiar.

Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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