O Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, anunciou esta quinta-feira, 11 de março de 2021, que serão instaladas em breve, na cidade de Bissau, câmaras de vigilância para garantir a segurança aos cidadãos e controlar “algumas situações anormais” que ocorrem no período noturno.
O chefe de Estado anunciou também a construção de uma prisão de cinco mil hectares que obedeça aos requisitos da questão dos direitos humanos, onde os detidos possam ser presos quando condenados por males que tenham cometido e para a sua reinserção social.
Sissoco Embaló falava na cerimónia de inauguração do edifício do Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública “Bitchofula Na Fafé”, na qual assegurou que, em breve, a China iniciará a construção, de raiz, das novas instalações do Ministério do Interior e do Ministério da Defesa Nacional.
Questionado sobre o seu eventual envolvimento no rapto e espancamento do Jornalista e Blogger António Aly da Silva no passado 9 do mês em curso em Bissau e do regresso do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira ao país, Úmaro Sissoco Embaló disse que não tem a cultura de violência e que o ato aconteceu quando estava ausente do país, tendo afirmado que “Aly Silva é pago para insultar as pessoas”.
Contudo, Embaló disse ter dado orientação ao serviço competente para apurar quem são os responsáveis ou perpetradores de todos os casos isolados ocorridos em Bissau contra cidadãos civis, porque não é admissível e chamou atenção aos citadinos para evitarem fazer conotações políticas “de baixo nível nos assuntos como o do cidadão Aly da Silva”.
Sobre regresso ao país do líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, o Chefe de Estado disse que enquanto primeiro magistrado da nação não tem o direito de proibir o regresso de nenhum cidadão à Guiné-Bissau, mas lembra que “há regras no país e a Guiné-Bissau não é como o Senegal”.
“As pessoas assistiram como os manifestantes e os perturbadores são repreendidos na Guiné-Conacri. Aqui, na Guiné-Bissau, há regras”, avisou.
Por seu lado, o ministro do Interior, Botche Candé, reconheceu que durante dez anos não houve condições necessárias para que os homens da Ordem Pública pudessem cumprir políticas e orientações e garantir segurança aos cidadãos. Porém, realçou que com a inauguração das novas instalações do Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública, recentemente reabilitadas, estão reunidas as condições para trabalhar e garantir segurança aos cidadãos em todo o território nacional.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A e cortesia da Presidência
Conosaba/odemocratagb
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