sábado, 13 de março de 2021

PR da Guiné-Bissau manifesta solidariedade ao Senegal após protestos com mortos


O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, manifestou hoje solidariedade ao seu homólogo senegalês, Macky Sall, e ao povo do Senegal, depois dos protestos realizados na semana passada, que provocaram vários mortos.

"Vim prestar a minha solidariedade ao Presidente Macky Sall e ao povo senegalês. Foi com muita tristeza que acompanhámos os eventos nunca antes vistos no Senegal de paz", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado guineense, que se deslocou hoje a Dacar, Senegal, em visita privada, falava no final de um encontro com Macky Sall.

"Na Guiné-Bissau conhecemos situações pouco confortáveis, vivemos isso até hoje. O Senegal nunca conheceu essas situações. Aconselho o povo senegalês a seguir os valores republicanos do Senegal", acrescentou.

O Senegal foi palco, na semana passada, de confrontos entre jovens e forças de segurança, havendo também registo de pilhagens e saques depois da detenção do opositor Ousmane Sonko, terceiro classificado nas eleições presidenciais de 2019 e esperado candidato às de 2024.

As tensões no Senegal abrandaram, depois de as autoridades terem libertado Sonko na segunda-feira e de um discurso do Presidente do país, Macky Sall, em que este pediu um "apaziguamento".

Sonko, presidente do partido Pastef, foi formalmente detido sob a acusação de perturbação da ordem pública. Mas no início de fevereiro foi alvo de uma queixa de violação apresentada por uma empregada de um salão de beleza, onde ia receber massagens.

O opositor alega ser vítima de uma conspiração desenhada pelo Presidente para o manter fora das próximas eleições presidenciais, o que Macky Sall refutou.

Sonko foi acusado na segunda-feira de violação, mas libertado sob supervisão judicial. O Presidente senegalês quebrou o silêncio e apelou à "calma e serenidade" na televisão nacional.

Na terça-feira, o coletivo de protesto senegalês Movimento de Defesa da Democracia apelou a manifestações pacíficas no país no sábado, exigindo a libertação do que consideram serem prisioneiros "políticos".

Conosaba/Lusa

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