Bissau, 09 nov 2020 (Lusa) - O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que os funcionários públicos “têm todo o direito de fazer greve” se “as coisas não estão a correr bem”, referindo-se à paralisação convocada pela principal central sindical do país.
"É um direito que está consagrado na Constituição. Têm o direito de reivindicar. Os sindicatos são um grupo de pressão e se as coisas não estão a correr bem, têm todo o direito de fazer greve", disse o Presidente guineense.
Umaro Sissoco Embaló falava aos jornalistas no aeroporto Osvaldo Vieira, momento depois de ter regressado de uma visita de trabalho à Mauritânia.
Os funcionários públicos guineenses iniciaram hoje uma greve, convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau e que vai prolongar-se até sexta-feira, para exigir o cumprimento de uma série de reivindicações, que visam melhorar as condições de vida dos funcionários públicos guineenses.
A central sindical disse hoje que a greve está a ter uma adesão de 70%, mas alguns sindicatos, como os dos professores, não aderiram à paralisação.
O Governo apelou no domingo, ao final do dia, aos funcionários públicos para não fazerem greve, lembrando que o país se encontra em situação de calamidade e de emergência na saúde devido à covid-19 e que a greve está proibida.
O regulamento da situação de calamidade e de emergência na saúde, declarado até 08 de dezembro, proíbe a realização de greves, bem como despedimentos.
MSE // VM
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Conosaba do Porto
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