segunda-feira, 9 de novembro de 2020

NÔ NDIANTA!

 


Por: yanick Aerton

Na qualidade de um dos jovens que muito cedo abraçou causa dos 15, que viria a transformar-se no grande partido, o Movimento Para a Alternância Democrática (MADEM G15), que, em menos de 8 meses da sua existência, escreveu uma das mais brilhantes páginas da história politica da Guiné-Bissau, desde a abertura politica no ano de 1992, com a abolição do art.º 4 da Constituição da Republica da República, não posso ficar indiferente à evolução politica no país, e sobretudo a situações internas, reais ou imaginárias, susceptíveis de provocar algum mal-estar.

Não tenho dúvidas nenhumas de que o partido, MADEM G15, sta san, i firma tchan suma pé di bissilon, porque tem uma liderança esclarecida e comprometida com o povo, de cujos sacrossantos interesses jurou defender, mesmo que seja a custa do sacrifício supremo.

Mas também não deixo de manifestar a minha preocupação por aquilo que considero de “rumores” que os adversários do MADEM G15 procuram sempre espalhar como NÔ NDIANTA! CONSELHO DO NOSSO HERÓI VIVO, COMANDANTE MANUEL SATURNINO DA COSTA, 40/40 BULLS, o intuito de criar a desconfiança entre os dirigentes, a apreensão entre os militantes e simpatizantes, por forma a ensombrar as grandes conquistas que este partido vem alcançando.

Falando de nomeações, é bom que todos se consciencializem de que os cargos não são cativos, e os que são chamados a ocupá-los não devem considerar-se donos ou insubstituíveis.

A nomeação para o desempenho dos cargos no Governo é feita com base em critérios variados, mas o que mais conta, além da formação académica que o nomeado ou o sujeito deve ter, é a confiança política, ou confiança tout court.

Em relação a equipa governamental, o Chefe do Executivo, se assim entender, pode a qualquer momento fazer a avaliação dos membros do governo e após uma profunda reflexão, propor ao Presidente da República, mudanças ou exonerações, por uma questão estratégica. Isso e factível em toda a parte e a Guiné-Bissau não deve ser uma exceção a essa elementaríssima regra.

E no nosso contexto em que, à luz da CR, o Presidente da República dispõe de amplos poderes executivos, ele pode tomar, em concertação com o Chefe do Executivo, as medidas cirúrgicas, ou globais (no caso de remodelações mais profundas), sempre na procura de melhores resultados.

A esperança depositada pelo povo Guineense neste regime é tão grande que não se vai tolerar nenhum erro. O Governo não pode de forma alguma defraudar as expectativas.

Daí a razão porque todos os Guineenses devem estar mobilizados atrás daquele que foi eleito, em sufrágio universal, direto e secreto, o jovem General Umaro Sissoco Embaló, nos seus esforços que está a levar a cabo para projectar outra imagem da Guiné-Bissau, junto da comunidade internacional.

Temos que nos preparar para as medidas, algumas rigorosas, e outras até radicais, no combate à corrupção, ao laisser faire laisser aller, a diskarna de apropriar-se daquilo que a todos pertence para se enriquecer ilicitamente e a tudo quanto tem impedido a descolagem deste país.

É no prosseguimento desse esforço que se fez esta operação cirúrgica, com a nomeação de um quadro dirigente de referência, aquele que em Francês se poderia adjectivar de “ irreprochable”, o Eng Tio Soares Sambu, para coadjuvar o Eng Nuno Nabian, Primeiro-ministro.

Com o background deste eminente quadro dirigente, o Eng Nuno Gomes Nabian, pode dormir tranquilamente, porque terá uma colaboração sincera de alguém que conhece ISTO de côr e salteado, aquele que conhece os “ins e outs”, como diria em Inglês, aquele que nunca se obcecou pelo poder, caso contrário, teria tudo ao seu dispôr no seu PAIGC, partido de que foi corrido.

Lanço um vibrante apelo a todos, para que cada um, na sua crença, continue rezando para que reine a paz, a estabilidade e a concórdia, na pátria de Cabral.

Que cada um esteja vigilante e participe no controlo do Governo, porque afinal, nós, o povo é que somos os detentores do poder verdadeiro, através dos nossos cartões de voto.

A melhor forma de pagar o nosso “kinhon” é de nos envolvermos, de nos interessarmos e apoiar o Governo nas suas acções, elogiando o elogiável, e criticando o criticável, de forma positiva, pá djunda oredja.

Mas que os membros do Governo, sobretudo os que estão no sector económico pensem que o exercício do cargo tem meramente como finalidade sirbi bu cabeça em vez di sirbi púbis. Kila caba dja,

Não se trata aqui de ameaça nenhuma, pois cada governante é responsável pelo seu pelouro, mas tudo será monitorizado à lupa.

Somos todos Guineenses, por isso temos por obrigação de prestar a máxima colaboração a este Governo, para no fim prestar-nos as contas.

Deus abençoe a Guiné-Bissau!

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