O Juiz de Instrução Criminal (JIC), Mamadu Embaló, ordenou que o chefe da Esquadra de Polícia de Ordem Pública (POP) de Safim, Ariano Chanceler Bidamone, seja preso preventivamente, suspeito pela prática do crime de homicídio, ocorrido no passado dia 1 de Novembro de 2020, em Safim, a 16 quilómetros de Bissau.
A informação foi avançada, este sábado, 14 de novembro de 2020, pela Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), na sua página oficial no Facebook.
Segundo a LGDH, no despacho datado de 12 de Novembro, o magistrado judicial fundamenta a sua decisão pela “gravidade do crime acentuada pela qualidade do Agente de polícia de Ordem Pública, de quem é de esperar um dever especial de respeito pelos valores que a Constituição consagra e que jurou respeitar”.
O Juíz disse que o arguido tem “meios e possibilidades” de se concertar com terceiros para contornar o escrutínio judicial sem ignorar a “forte possibilidade de perturbar as investigações”, caso continue a circular em liberdade.
O incidente denunciado pela LGDH, aconteceu na sequência de disputas relacionadas com o campeonato de defeso de Safim, que culminou com os disparos de balas reais, efetuados “pelo agora arguido chefe da esquadra”, tendo resultado na morte de Anunbock Djú, de 17 anos de idade, e dois feridos graves, de idades compreendidas entre 11 a 12 anos.
Para a Liga, é urgente o estabelecimento de mecanismos de policiamento democrático voltado para os direitos humanos na corporação policial, tendente à restauração de confiança dos cidadãos nas forças de segurança.
A LGDH afirma que a decisão do JIC em decretar a prisão preventiva de Ariano Chanceler Bidamone traduz -se num “sinal forte e encorajador” aos esforços de combate à impunidade nas forças de segurança.
Neste sentido, a organização defensora dos direitos humanos felicita o Juiz de Instrução Criminal e o Ministério Público pelas diligências encetadas que culminaram em “esta importante decisão judicial”.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb
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