O diretor-geral das Alfândegas está preocupado com o funcionamento da Brigada de Ação Fiscal (BAF) no interior e os postos de controlo situados nas zonas fronteiriças do país.
Com efeito, Doménico Sanca chefiou uma delegação do seu pelouro que esteve, de 26 a 27 de junho, em visita à Direção Regional Aduaneira de São Domingos, principalmente para se inteirar do funcionamento da BAF e o posto de controlo de Jegue, linha fronteiriça com o Senegal, por constatar que tem havido fuga ao fisco e, também, das dificuldades enfrentadas pelos agentes e o próprio comando local.
À chegada da comitiva a São Domingos, o responsável máximo das Alfândegas foi recebido pelo comandante da BAF desta zona Norte do país, capitão Bodjan Candé, que teve a preocupação de prestar aos seus superiores todas as informações acerca da área sob sua jurisdição.
Aquele responsável informou a Doménico Sanca que a sua equipa está unida e convive na base de irmandade entre oficiais e soldados. O capitão Candé informou ainda que os seus agentes desenvolvem um trabalho incansável no controlo e fiscalização de todas as pessoas que eventualmente queiram fugir ao pagamento de taxas alfandegárias destinadas ao Estado, na base das orientações dos seus superiores.
Depois de ter recebido todas as informações do comandante da Brigada de Ação Fiscal de São Domingos, o diretor-geral das Alfândegas e a sua comitiva deslocaram-se ao posto de controlo de Jegue, que fica a sete quilómetros daquela cidade nortenha, com o mesmo propósito.
Com a chegada da caravana a essa linha fronteiriça, Doménico Sanca realizou uma visita de cortesia aos comandos da Guarda Florestal, de Migração e Fronteiras e da Guarda Nacional ali estacionados, para avaliar a interação existente entre essas instituições e a Brigada de Ação Fiscal, uma vez que todos estão a trabalhar para o mesmo objetivo, isto é, para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
As informações que o diretor-geral das Alfândegas recebeu da parte dos comandantes das respetivas instituições visitadas foram unânimes de que o relacionamento é muito bom. Ou seja, uma relação de “guinendade”, trabalhando sempre juntos e apoiando uns aos outros em momentos precisos.
Em jeito de balanço, feito exclusivamente para o jornal “Nô Pintcha”, único órgão de comunicação social presente na caravana, o diretor-geral das Alfândegas afirmou, numa curta declaração, que existe um bom ambiente de trabalho entre as diferentes forças nacionais estacionadas em São Domingos que trabalham para o mesmo objetivo.
Doménico Sanca assegurou que, apesar da pandemia da covid-19 que assola o país, a Direção Regional das Alfândegas de São Domingos está a desempenhar a sua atividade de forma razoável, muito embora as receitas tenham baixado um pouco, mas está convencido de que “estamos num bom caminho”.
Aquele dirigente alfandegário está convicto de que, com os trabalhos de controlo da Brigada de Ação Fiscal que estão a ser levados a cabo nesta zona, as receitas irão aumentar.
“Sabemos que no passado os nossos comerciantes faziam tudo por tudo para transferir a nossa castanha de caju para o Senegal de forma clandestina mas que, com os trabalhos que as nossas forças estão a desenvolver no terreno, os mesmos já não vão ter a possibilidade de tentar fugir ao fisco”, afiançou.
Relativamente ao posto de Jegue, Doménico Sanca explicou que este local de controlo está a debater-se com algumas dificuldades em termos de infraestruturas que, embora elas não se encontrem nas melhores condições, o seu estado, porém, não é assim tão grave. “Com a nossa visita, esta preocupação vai fazer parte do nosso plano de urgência para fazer com que os nossos agentes se sintam bem”, prometeu o diretor-geral das Alfândegas.
De salientar que esta comitiva integrou os quadros técnicos desta instituição do Estado, o comandante- geral da BAF, major José Pedro Lima, assim como outros oficiais subalternos deste comando.
Por: Fulgêncio Mendes Borges
Conosaba/nô pintcha
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