Durante a operação, intitulada Visa Branco, foi apreendida “abundante prova dos crimes identificados, tendo ainda permitido resgatar uma mulher de nacionalidade guineense como possível vítima de tráfico de seres humanos, que se encontrava em casa do suspeito”.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou neste domingo que desmantelou uma rede criminosa de auxílio à imigração ilegal para a Europa, que tinha “como figura central” um funcionário do serviço consular da embaixada de Portugal em Bissau.
No decurso do inquérito foi identificado o responsável pelo processamento de todos aqueles vistos, que foi agora detido em território nacional
O suspeito “arrogou-se da sua qualidade de funcionário consular para apoderar-se de vinhetas de visto em branco que vendia a outros indivíduos que pretendiam entrar em Espaço Schengen”.
O suspeito “arrogou-se da sua qualidade de funcionário consular para apoderar-se de vinhetas de visto em branco que vendia a outros indivíduos que pretendiam entrar em Espaço Schengen”.
O homem simulava informaticamente a emissão de vinhetas referentes a pedidos de vistos de cidadãos guineenses, que anulava logo de seguida, ainda em branco. “Emitia, então, novas vinhetas a favor dos requerentes locais e apoderava-se das vinhetas anuladas, ainda por preencher, que depois foram ilegalmente preenchidas”, permitindo a entrada de indivíduos de nacionalidade iraniana na Alemanha, a troco de avultadas quantias monetárias, informou o SEF.
Durante a investigação, foram ainda identificadas 209 vinhetas de visto processadas pelo suspeito desde 2012, “que desapareceram, e sobre as quais subsistem fortes indícios de que, também, possam ter sido vendidas”.
Conosaba/publico.pt/
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