quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

DSP DEMITE-SE DO PAIGC SE PERDER AS PRESIDENCIAIS


Domingos Simões Pereira diz que se perder as eleições, demite-se da liderança do PAIGC.

O candidato apoiado pelo PAIGC garante, todavia, que não abandona a política guineense, porque o país "precisa de todos os seus quadros".

O candidato às presidenciais na Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira diz que se perder as eleições vai colocar o lugar de presidente do PAIGC à disposição, mas não abandona a política porque o país “precisa de todos os seus quadros”.

“Se o povo guineense não votar em mim para Presidente da República eu tenho a obrigação de colocar o meu lugar à disposição”, refere o candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), em entrevista à agência Lusa em Lisboa.

“Tenho de o fazer porque tenho de dar ao partido PAIGC a oportunidade de avaliar se eu sou a melhor pessoa para conduzir o processo e deixar que o partido respire”, justifica, referindo que “a democracia tem regras”.

No entanto, refere que vai “continuar a ser militante” e que acredita mesmo que vai “continuar a ser dirigente do partido” para dar a sua contribuição.

Domingos Simões Pereira assegura, assim, que não pretende abandonar a política porque “enquanto um país ou uma sociedade não atinge o nível da estabilidade, da afirmação da consolidação que é necessária, precisa de todos os seus quadros também no âmbito político porque o âmbito político é que cria a superestrutura necessária para o funcionamento da sociedade”.

O candidato considera, no entanto, que esta possibilidade é uma “conjetura muito abstrata e muito filosófica” porque acredita que no próximo dia 29 vai ser “próximo Presidente da Guiné-Bissau” porque “a Guiné-Bissau precisa disto neste momento”.

Domingos Simões Pereira, que obteve 40,13% dos votos na primeira volta, em 24 de novembro, vai disputar a segunda volta com Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), o segundo mais votado com 27,65% dos votos.

Por RDP África

Lusa

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