A França e oito países da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) anunciaram no sábado, 21 de dezembro de 2019, um acordo para pôr fim ao franco CFA, moeda adotado desde o tempo colonial.
Esta “reforma histórica”, como lhe chamou o Presidente francês, foi anunciada ontem, durante a visita de Emmanuel Macron à Costa do Marfim.
O franco CFA vai passar a chamar-se Eco, anunciou o Presidente marfinense, Alassane Ouattara, em nome de oito países africanos: Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo.
“Decidimos uma reforma do franco CFA com três alterações principais, entre as quais a mudança de nome”, “o fim da centralização de 50 por cento das reservas no Tesouro francês” e “a retirada de França das instâncias de governança em que está presente”, explicou Ouattara, em conferência de imprensa, acompanhado por Emmanuel Macron.
“O Eco terá vida em 2020, congratulo-me com isso”, disse Macron, assumindo que a França quer uma relação “descomplexada” com a África Ocidental.
A futura moeda “ECO” que vai circular em 2020, sem data precisa, nos 15 países da CEDEAO, conserva a taxa de câmbio com euro (1 euro = 655,96 francos CFA). Trata-se evitar os riscos de inflação (presente nos outros países de África), explicou o presidente marfinense Alassane Ouattara.
De referir que a Guiné-Bissau aderiu ao Franco FCA em 1997, data em que deixou de usar o “Peso”, moeda nacional adotado em 1975.
Esta moeda comum nos oitos países da UEMOA evoluiu ao longo dos tempos mas sempre conservou o seu acrónimo “CFA”. Foi inicialmente adotado por General de Gaulle em 25 de dezembro de 1945 como Franco das “Colónias Francesas de África”.
Em 1958 passou a ser designado por Franco de “Comunidade Francesa de África”. E depois das independências de países colonizados, em 1962 passa a ser até a data presente Franco “Comunidade Financeira de África”.
Por: redação/ LUSA, RFI, Le Figaro
Conosaba/odemocratagb
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