O Presidente cessante da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, apelou hoje, na última mensagem à Nação por ocasião do Ano Novo, aos jovens para defenderem a soberania e combaterem a corrupção no país.
"Eu peço aos nossos jovens que assumam o combate contra a corrupção e que sejam herdeiros desta bandeira de luta pela justiça que deixo nas vossas mãos", afirmou José Mário Vaz, salientando que sempre teve de lutar contra vícios e interesses instalados e enraizados na sociedade.
Para José Mário Vaz, a Guiné-Bissau tem de ser "de todos e para todos e os recursos públicos não podem pertencer a uma minoria que se aproveita deles em prejuízo da grande maioria".
"E deixo um apelo aos futuros dirigentes e aos jovens deste país defendam sempre o que nós temos de mais valioso, a nossa soberania, a memória dos nossos heróis e mártires, o respeito pela nossa Pátria, bandeira, hino, a nossa dignidade e a nossa independência, porque sem soberania e dignidade um povo não tem nada", disse.
Na mensagem, que terminou visivelmente emocionado, José Mário Vaz agradeceu às forças de defesa e segurança pelo trabalho "árduo" para manterem a "paz civil e a tranquilidade interna".
O Presidente cessante disse também que deixa o cargo de consciência tranquila e com um "profundo sentimento" de dever cumprido.
"Agi sempre no exclusivo interesse da Pátria e dos meus concidadãos, sem atender a interesses que lesam a nossa soberania e as leis do nosso Estado", afirmou.
José Mário Vaz afirmou que deixa um legado de liberdade de expressão, de manifestação e de imprensa e de respeito pelo próximo e tolerância "sem abusos de poder, sem espancamentos, sem crianças órfãs e mulheres viúvas por razões políticas, sem sobressaltos, sem golpes de Estado, sem o barulho das armas, sem levantamentos militares".
A Guiné-Bissau realizou a segunda volta das presidenciais no domingo.
Mais de 760.000 guineenses foram chamados às urnas para escolherem o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló.
Os resultados eleitorais são divulgados na quarta-feira pela Comissão Nacional de Eleições.
Conosaba/Lusa
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