O candidato às eleições presidenciais de domingo na Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira disse hoje que acredita numa sociedade "una" e "indivisível" e espera que os guineenses exerçam o seu direito de voto de forma livre e justa.
"Em democracia, quando povo é chamado a decidir, deve ser realmente a grande festa da democracia. Nós contamos que o povo guineense exerça esse direito e essa responsabilidade de forma livre, transparente e justa", afirmou à Lusa Domingos Simões Pereira, momentos antes do início do comício de encerramento da campanha eleitoral.
O comício do candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) decorreu no estádio Lino Correia, no centro da cidade de Bissau, com a presença de milhares de apoiantes.
Questionado pela Lusa sobre a linguagem que prevaleceu durante a campanha eleitoral que pode trazer divisões étnicas e religiosas, Domingos Simões Pereira disse que os "guineenses sabem quem tem essa linguagem, quem tem o apelo de divisão e quem quer dividir a sociedade guineense".
"Nós acreditamos numa sociedade guineense una, indivisível, e, por isso, professamos este sentimento de 'guineendade', que é unir todas as estruturas sociais da Guiné-Bissau", salientou.
O comício incluiu discursos de vários apoiantes de Domingos Simões Pereira e destacados elementos do PAIGC, entre os quais o de Francisca Pereira, antiga combatente pela independência da Guiné-Bissau, que afirmou que as três letras pelas quais o candidato é conhecido, DSP (iniciais do seu nome), significam "Deus Salva Povo".
"DSP é a alma de Amílcar Cabral. Nós não temos raça, religião, cor, nem altura. Nós somos guineenses e no domingo vamos votar no número 1 para recuperarmos tudo o que é positivo nesta terra", afirmou.
Já no final do comício, Domingos Simões Pereira pediu aos guineenses que escolham em "consciência a quem vão entregar o país nos próximos cinco anos".
Considerando que nos últimos cinco anos o país esteve entregue a "interesses políticos mesquinhos", o candidato afirmou que a Guiné-Bissau "precisa de curar feridas e de um Presidente da República que seja capaz de unir os guineenses, de produzir a concórdia nacional, de trazer estabilidade política e que colabore com o Governo e com todas as instituições para o desenvolvimento do país".
Domingos Simões Pereira disse também que uma das primeiras coisas que fará se for eleito chefe de Estado é "falar à nação para transmitir um sentimento de confiança de uma nova Guiné-Bissau, de um país positivo de fraternidade entre guineenses".
À população, Domingos Simões Pereira prometeu também ser um chefe de Estado que lutará pela justiça, sem interferir, pelos direitos dos mais vulneráveis e que nenhum cidadão ficará para trás.
"A Guiné-Bissau será o primeiro paraíso para os guineenses do mundo", afirmou, sublinhando que todos juntos podem dar respostas aos problemas do país.
O candidato destacou também o comportamento e trabalho exemplar das "forças de defesa e segurança" durante a campanha eleitoral.
Mais de 760.000 guineenses são chamados às urnas no domingo para escolherem o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15).
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