Deputado da APU-PDGB (ver foto) para o Circulo Eleitoral número cinco, Úmaro Conté, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné.
Três deputados da Assembleia do Povo Unido - Partido Social-Democrata da Guiné-Bissau (APU-PDGB) mantêm-se fiéis ao Governo de Aristides Gomes, disse hoje à Lusa, Umaro Conté, parlamentar que afirma não ser "golpista".
A APU-PDGB, quarta força política no parlamento guineense assinou, na terça-feira, um acordo de incidência parlamentar com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15) e com o Partido da Renovação Social (PRS), no que é descrito pelos signatários como a constituição de uma nova maioria no hemiciclo.
Falando em nome dos três dos cinco deputados da APU/PDGB, Umaro Conté indicou à Lusa que "não se revêm em nenhum novo acordo de incidência parlamentar".
Conté fez questão de sublinhar estar a falar em nome próprio e dos deputados Paulo Bodjan e Marciano Indi, este último líder da bancada parlamentar do seu partido.
"Não vimos nenhuma cerimónia em que se fez a renúncia do acordo entre o nosso partido e o PAIGC, portanto só estamos vinculados a esse acordo que prevê apoiar o Governo (de Aristides Gomes) durante quatro anos de legislatura", defendeu Umaro Conté.
No dia 12 de março passado, a APU/PDGB rubricou um acordo de incidência parlamentar com o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), com o qual foi possível constituir a maioria parlamentar que sustenta o Governo.
Em relação à exoneração do Governo do primeiro-ministro Aristides Gomes decretada na terça-feira, pelo Presidente guineense, José Mário Vaz, o deputado da APU/PDGB disse que "o país não precisa, neste momento de queda de Governos, mas sim de resolução de problemas do povo".
Pessoalmente, Umaro Conté afirmou que não se revê naquela medida por não se considerar "um golpista".
"O compromisso que assumimos com o povo é de termos um Governo para uma legislatura de quatro anos", declarou o deputado da APU/PDGB.
A crise política na Guiné-Bissau conheceu um novo capítulo com a decisão do Presidente do país de demitir o primeiro-ministro Aristides Gomes, nomeando para o cargo Faustino Imbali, dirigente do PRS, que ainda não conseguiu aceder aos gabinetes do Governo.
Aristides Gomes e o seu Governo mantêm-se em funções e grande parte da comunidade internacional reconhecem o seu Governo como único e legitimo na Guiné-Bissau a quem pedem que organize as eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 24.
Hoje, dia em que começou a campanha eleitoral para as presidenciais, chega ao país uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que tem mediado a crise no país.
Deputado, Marciano Indi,
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