O candidato nas presidenciais da Guiné-Bissau de 24 de novembro e Presidente cessante do país, José Mário Vaz, disse hoje não ter medo de ninguém e que entrega a sua cabeça "à Virgem Maria" e aos guineenses.
Falando num comício em Canchungo, localidade perto da terra onde nasceu, em Caliquisse, José Mário Vaz acusou o atual primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, natural de Canhungo, de estar a pedir à comunidade internacional que sancione o Presidente cessante.
Na sexta-feira, também em comício de campanha eleitoral, na localidade de Farim, norte da Guiné-Bissau, o Presidente cessante guineense afirmou que alguns políticos do país, incluindo o próprio, poderiam ser alvo de sanções por parte da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Hoje, em Canchungo, José Mário Vaz disse não ter medo de ninguém e alertou que a Guiné-Bissau "é uma terra sagrada".
"Entregamos a nossa cabeça à Virgem Maria e ao povo da Guiné-Bissau", sublinhou, recebendo palmas dos seus apoiantes.
O político guineense disse não ter ódio e nem querer vingar-se de ninguém, que apenas quer ficar na história da Guiné-Bissau, daí que pede um segundo mandato para desenvolver o país.
José Mário Vaz voltou a avisar que a Guiné-Bissau "está ameaçada" e desta vez acusou "um filho de Canchungo" (Aristides Gomes) de ser um dos culpados pela situação.
A captura de cerca de duas toneladas de droga pela polícia guineense, no passado mês de setembro, oarte dela numa numa casa em Canchungo, foi outro dos temas da intervenção crítica de José Mário Vaz.
"Porque é que a droga não foi descarregada noutro lado? Querem é estragar o bom nome de Canchungo. Isso não é normal. Não vamos aceitar isso", declarou José Mário Vaz, sem nunca se referir ao nome de Aristides Gomes.
José Mário Vaz afirmou ainda que "os adversários já estão com medo" depois de terem dito que era ele quem temia ir às eleições presidenciais.
"As eleições deviam ser já amanhã", preconizou José Mário Vaz, salientando o que disse ser "grande adesão popular" à sua candidatura.
A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais a 24 de novembro e a segunda volta, caso seja necessária, está prevista para 29 de dezembro.
Na campanha eleitoral, que começou no dia 02 e vai decorrer até 22 de novembro, participam 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Conosaba/Lusa
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