segunda-feira, 11 de novembro de 2019

CANDIDATO NAS PRESIDENCIAIS GUINEENSES DOMINGOS SIMÕES PEREIRA CONSIDERA FUNDAMENTAL REPOR O ESTADO


O candidato nas presidenciais da Guiná-Bissau Domingos Simões Pereira, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmou ontem que o que falta no país é o Estado, que diz ter desaparecido nos últimos anos.

“O que falta na Guiné-Bissau não é escola, não é hospital, é o Estado que desapareceu de há uns anos a esta parte. Esta nossa candidatura é para repor o Estado, repor a ordem na Guiné-Bissau”, defendeu Simões Pereira, num comício em Ingoré, no norte do país.

Para o candidato, o desaparecimento do Estado deveu-se, em parte, porque não há paz, tranquilidade e disciplina na Guiné-Bissau, mas também por falta de uma liderança que possa orientar o povo.

“Mas, com a adesão popular à nossa candidatura, de todos os quadrantes que já visitámos, significa que a Guiné-Bissau está pronta para a mudança”, defendeu Simões Pereira.

O também líder do PAIGC aproveitou para responder às declarações do Presidente cessante da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, igualmente candidato às eleições do próximo dia 24, sobre o paradeiro da areia pesada de Varela.

Num comício no sábado, em Varela, José Mário Vaz disse estar “chateado com a população de Varela” que, segundo disse, estaria a retirar, às escondidas, a areia pesada daquela localidade balnear da Guiné-Bissau, para vender no Senegal.

José Mário Vaz é contra a exploração daquele recurso que se acredita existir em abundância em Varela, próxima da fronteira com o Senegal.

“O nosso ex-Presidente que tenha a paciência e tenha dó deste povo. Que se cale de uma vez por todas, porque de cada vez que fala só mete medo ao povo deste país”, afirmou Domingos Simões Pereira.

O candidato do PAIGC aproveitou para explicar aos presentes no comício de Ingoré o que é a areia pesada, dizendo, em síntese, ser um material que é usado para construção de componentes de computadores ou de telemóveis, para logo depois desferir acusações contra José Mário Vaz.

“Em 2012, quando Mário Vaz era ministro das Finanças, o Governo deles retirou 14 contentores de 20 pés com areia pesada de Varela. Disseram que era para testes de laboratório, mas até hoje não sabemos onde pararam esses contentores com aquela areia pesada”, notou Domingos Simões Pereira.

Com aquela quantidade de areia pesada de Varela, a Guiné-Bissau poderia ter fornecido computadores para todos os cidadãos, disse Simões Pereira, que se encontra em contactos com potenciais eleitores das localidades do norte do país.

A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais a 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária, prevista para 29 de dezembro.

Na campanha eleitoral, que começou no dia 02 e vai decorrer até 22 de novembro, participam 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Conosaba/Lusa

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