Os fiéis muçulmanos da Guiné-Bissau continuam a divergir em relação ao dia da reza de ramadão. Uma parte procedeu a reza, hoje (04), e uma outra deve rezar amanhã (05)
A mesma divergência paira também dentro das próprias estruturas do governo. Na noite desta segunda-feira (03), o ministério da reforma administrativa, função pública e trabalho, ao abrigo da lei, decreta feriado o primeiro dia da reza. Horas depois o mesmo ministro tira nota lamentando “profundamente” que não houve uma data consensual entre as organizações islâmicas.
“Que se faça a reza conforme a data do início lunar de cada um”, lê-se na mesma nota.
Também numa outra nota de esclareci mento, o primeiro-ministro diz ter tomado conhecimento, sem consulta prévia, do comunicado da reza através do ministério da função pública.
Entretanto, sobre a reza muçulmana Aid El Fitr (ramadão), o imame da mesquita central de bairro D´Ajuda, Mamadu Iaia Djaló, diz estar preocupado porque fiéis muçulmanos não rezaram no mesmo dia
Mamadu Iaia Djaló diz ainda estar preocupado com a situação de alguns fiéis muçulmanos que alegam não ter completado os dias de jejum e por isso rezam só amanhã.
Mamadu Iaia Djaló sustenta ainda que, há dois anos foram convocadas as organizações mais destacadas para decidirem juntos os três pontos importantes para o início de jejum e data de ramadão.
Mamadu Djaló pede união no seio dos muçulmanos e também o entendimento no seio dos partidos políticos para viabilização do país.
Os fiéis juntaram-se na mesma voz deste líder religioso pedindo o entendimento entre os muçulmanos no que concerne a celebração desta data.
No entanto, num outro lugar da reza, no espaço da Câmara Municipal de Bissau, o Conselheiro do Presidente da República para as áreas de Defesa e Segurança Interna e Externa exortou, esta terça-feira (04), o chefe de Estado e os políticos a pensarem no sofrimento do povo e para que haja união no seio dos guineenses.
Botche Cande pediu ainda as formações políticas a pensarem no sofrimento dos cidadãos guineenses para deixarem diferença de lado e, no entanto, pondo o país em primeiro plano.
Na mesma senda, o líder do FREPASNA, Baciro Dja, considera que a classe política deve estar preparada não para dividir os guineenses.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radio solmansi com Conosaba do Porto
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