O Partido de Renovação Social (PRS) considerou ontem que a resolução do parlamento da Guiné-Bissau que cessa poderes do Presidente da República, José Mário Vaz, é um atentado à democracia e uma "estratégia diabólica para um golpe de Estado".
Num comunicado divulgado nas redes sociais, o partido, o terceiro mais votado nas legislativas de 10 de março na Guiné-Bissau, refere que a resolução aprovada "constitui um atentado às regras constitucionais e à democracia".
Para o PRS, que não esteve presente quinta-feira no parlamento para a discussão e votação da resolução, a aprovação do documento faz parte de um "estratégia diabólica que tem como finalidade um golpe de Estado para subverter a ordem constitucional".
A maioria dos deputados da Assembleia Nacional Popular (parlamento do país) aprovou na quinta-feira uma resolução que determina a cessação imediata das funções constitucionais do Presidente da República e a sua substituição no cargo pelo presidente do parlamento.
A crise política continua na Guiné-Bissau depois de José Mário Vaz, que terminou o seu mandato de cinco anos no domingo, ter recusado por duas vezes nomear para o cargo de primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, partido mais votado nas eleições de 10 de março.
O vencedor das eleições acabou por indicar Aristides Gomes, nome aceite pelo Presidente, que, no entanto, não nomeou o Governo indicado pelo novo primeiro-ministro até ao dia 23 de junho, violando assim o prazo estipulado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para o fazer.
José Mário Vaz marcou eleições presidenciais para 24 de novembro.
Conosaba/Lusa
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