Pentágono diz que drone norte-americano foi abatido quando se encontrava em espaço aéreo internacional sobre o estreito de Ormuz. Irão quer demonstrar “perante ONU” que Washington “mente”
O presidente russo, Vladimir Putin, comentou hoje o caso do drone americano abatido pela força aérea iraniana, avisando os Estados Unidos para as consequências do uso da força contra o Irão.
Na habitual sessão televisiva anual, em que responde a perguntas do público em direto, Putin disse que uma intervenção militar dos EUA contra o Irão desencadearia uma escalada nas hostilidades, com resultados imprevisíveis.
Para Putin, tal significaria, “no mínimo, uma catástrofe para a região”.
O presidente russo destacou ainda que o Irão aguentou os termos do acordo nuclear, apesar da retirada unilateral dos Estados Unidos, considerando que as sanções norte-americanas contra Teerão são infundadas.
Estes comentários surgiram a propósito do caso do pequeno avião não tripulado da marinha norte-americana que foi abatido pela força aérea iraniana, sobre o qual, num comentário curto, feito, como habitualmente, na rede social Twitter, o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu que “o Irão cometeu um enorme erro!”.
Putin promete retaliar se Estados Unidos tentarem implantar mísseis na Europa
"Sabemos como fazer isto e vamos implementar estes planos imediatamente, logo que as ameaças se tornem uma realidade", disse Putin face à possibilidade de os EUA implementarem mísseis na Europa.
Vladimir Putin disse esta quarta-feira num discurso à nação que a Rússia vai responder caso os Estados Unidos decidam implementar os novos mísseis de alcance intermediário na Europa, avançou o Washington Post. Esta resposta, disse o presidente russo, terá como alvo não só os países onde os norte-americanos implementaram o armamento, mas os próprios EUA. Putin garantiu ainda que estão completos os testes de um novo míssil e drone com capacidade nuclear e que essas armas estão preparadas para serem incluídas no arsenal do país.
Segundo o The New York Post, Putin rejeitou as acusações dos Estados Unidos de que a retirada do tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário em 1987 foi motivada por violações russas do pacto, acusando ainda os EUA de falsas acusações contra a Rússia para justificar sua decisão de sair do pacto.
Putin disse ainda que a Rússia não será a primeira a implantar novos mísseis de alcance intermediário na Europa, mas alertou que vai retaliar se os EUA colocarem esses mísseis no continente. “É o direito deles pensarem como querem. Mas eles conseguem contar? Tenho a certeza que sim. Vamos deixá-lo contar a velocidade e o alcance do sistema de armas que estamos a desenvolver”, disse o presidente russo, acrescentando que “a Rússia será forçada a criar e implementar tipos de armas que possam ser utilizados não só em relação aos territórios de onde surge a ameaça direta, mas também em relação aos territórios onde os centros de decisão estão localizados”.
Para Putin, caso os Estados Unidos implantem novos misseis na Europa, a Rússia não tem escolha: terá que responder, pois esta situação iria reduzir drasticamente o tempo que leva os mísseis norte-americanos a alcançar a Rússia, algo que, segundo o líder russo, constitui uma ameaça direta. “Sabemos como fazer isto e vamos implementar estes planos imediatamente, logo que as ameaças se tornem uma realidade”, acrescentou .
Conosaba///tvi24.io
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