quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

PND DEFENDE DESENVOLVIMENTO DO SECTOR PRODUTIVO PARA MELHORAR SAÚDE E EDUCAÇÃO NA GUINÉ-BISSAU


O líder do Partido da Nova Democracia (PND), Iaia Djaló, defendeu hoje uma forte aposta no setor produtivo e da justiça da Guiné-Bissau para desenvolver a educação e a saúde e captar investimento externo para o país.

"Elegemos como prioridade das prioridades o setor da saúde e o setor da educação e têm de haver muitas reformas nestes dois setores, mas para que possamos sustentar esses dois setores é preciso trabalhar no setor produtivo, na área da agricultura", afirmou Iaia Djaló, que é atualmente ministro da Justiça guineense.

O Partido Nacional Democrático é um dos 21 candidatos às eleições legislativas de 10 de março na Guiné-Bissau e concorre a 27 dos 29 círculos eleitorais do país.

Segundo o líder do PND, é preciso apostar na industrialização e transformação dos produtos agrícolas, no turismo e na área das pescas para que possa ser produtivos, trazer dinheiro para o país e suportarem os encargos com a saúde e a educação.

"Estes são os grandes propósitos do PND, mas como no país há tudo por fazer temos de apostar no setor da justiça, para quem quiser investir na Guiné-Bissau, na área do turismo, nas pescas ou na agricultura ou na indústria tenha segurança jurídica, para que em caso de conflito a justiça seja feita", salientou.

Para Iaia Djaçó, cujo partido elegeu um deputado nas eleições legislativas de 2014, sem uma justiça "séria", o país não consegue criar riqueza.

"É um setor fundamental para que possamos ter todos aqueles setores que mencionei a funcionar", afirmou, salientando que é preciso combater a corrupção.

O último relatório do índice de corrupção da Transparência Internacional classifica a Guiné-Bissau como um dos países mais corruptos do mundo.

"Se formos ver nestas eleições há muito material de campanha, há muito dinheiro que ninguém sabe da sua proveniência. As escolas não funcionam, a saúde não funciona, mas como é que este dinheiro, milhões de francos cfa, é gasto para que alguém possa ganhar as eleições, só porque está a comprar consciência", questionou o candidato.

O líder do PND lembrou que a "compra de consciências também é crime" e que a justiça do país tem de atuar.

Aos guineenses, Iaia Djaló, disse que está a pedir para não votarem no tribalismo, no regionalismo e nas tendências étnicas.

"Isso não vai ajudar para a unificação do país. Este país tem de ser forte e unido e temos de ter uma Nação coesa", afirmou.

O PND é um dos poucos partidos concorrentes às legislativas da Guiné-Bissau que cumpriu a lei da paridade em todos os círculos eleitores a que concorre.

Iaia Djaló disse que não é uma "novidade", porque são um partido maioritariamente de mulheres e jovens.

O PND é uma das formações políticas que assinou um acordo político de compromisso pré e pós-eleitoral com o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Partido da Convergência Democrática, Partido da Unidade Nacional e União para a Mudança.
Conosaba/Lusa

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