O número de mortos por soterramento numa mina ilegal no distrito de Montepuez, norte de Moçambique, subiu para nove e as buscas já terminaram, divulgou hoje a empresa concessionária da área do desastre, em comunicado enviado à Lusa.
Na nota, a Montepuez Rubi Mining (MRM) refere que duas pessoas foram resgatadas com vida, na segunda-feira, dia em que se deu o desabamento da mina.
No primeiro balanço, logo na segunda-feira, a MRM confirmou a existência de um morto e de oito pessoas soterradas naquela mina.
A MRM assinala que o desastre se deu numa escavação aberta ilegalmente por garimpeiros na área de concessão da companhia, mas ainda não operada pela empresa.
A empresa opera no depósito de rubis de Montepuez, localizado no nordeste de Moçambique, na província de Cabo Delgado, cobrindo aproximadamente 35.000 hectares.
Em comunicado distribuído na segunda-feira, a companhia indicou, então, que estas trágicas mortes estão ligadas à habilidade de determinados compradores estrangeiros em conduzir as suas operações de compra ilegal de rubis, a olhos vistos, em cidades como Montepuez, sem que as autoridades tomem as devidas medidas.
Os mesmos compradores "têm a capacidade de entrar e sair do país, principalmente através do Aeroporto Internacional de Pemba", capital provincial de Cabo Delgado, "muitas vezes sem a documentação requerida, pagando subornos a elementos das autoridades" acrescentou.
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