terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

«MENHÉR MENHÉR NA TERRA DI FIDJU DI HOMI GARANDI» PALCO DE COMÍCIOS MOTIVA DISPUTA ENTRE PARTIDOS EM BISSAU


Os palcos montados por dois partidos políticos no centro da cidade de Bissau motivou uma disputa política e levou um tribunal a tomar uma decisão judicial, que o ministro do Interior quer ver respeitada de "forma pacífica".



O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) disse ter uma autorização da Câmara Municipal de Bissau (CMB) para montar um palco de comícios no passeio em frente à União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB), perto da Praça dos Heróis Nacionais, onde está situada a Presidência guineense.


A União Desportiva Internacional de Bissau tinha, por seu lado, alugado a sua sede ao Madem (Movimento para a Alternância Democrática), novo partido guineense criado por um grupo de dissidentes do PAIGC, para instalar a direção do partido responsável pela campanha eleitoral.

O PAIGC acabou por montar o palco no outro lado da estrada e, dias depois, no passeio em frente à UDIB, o espaço apareceu ocupado com um palco do partido Movimento de Alternância Democrática.

Os dois palcos, montados numa das principais avenidas de Bissau, estão separados por escassos metros, o que obriga à presença quase constante de forças de segurança.

O PAIGC intentou uma providência cautelar, que foi aceite por um juiz do Tribunal Regional de Bissau, que ordenou ao Madem para retirar o palco, montado diante da diretoria nacional da campanha do partido.

O advogado do PAIGC, Carlos Pinto Pereira, disse hoje, em conferência de imprensa, que a ordem, dada na sexta-feira, ainda não foi cumprida por parte do Madem.

Confrontado com a situação pelos jornalistas, o novo ministro do Interior da Guiné-Bissau, Edmundo Mendes, afirmou que vai resolver o problema "de forma pacífica, sem usar o músculo".

Edmundo Mendes frisou que também os políticos são obrigados a respeitar as leis.

"Um dirigente que quer ser candidato a primeiro-ministro, a primeira coisa que tem que saber é respeitar o funcionamento de um Estado de direito democrático", notou Edmundo Mendes, antigo Procurador-Geral da República.

O ministro do Interior sublinhou que não vai permitir que haja distúrbios entre partidos durante a campanha eleitoral, para as legislativas de 10 de março e que vão ser disputadas por 21 partidos, que decorre até 08 de março.

A Lusa tentou obter uma reação do Madem à decisão judicial, mas até ao momento ainda não obteve uma resposta.

Conosaba/Lusa




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