O presidente da comissão organizadora do Carnaval na Guiné-Bissau, José da Cunha, disse hoje que o Governo ainda não desbloqueou os 118 mil euros precisos para organizar a maior festa popular do país.
José da Cunha receia que este ano não seja possível organizar o Carnaval como nas épocas anteriores, com um concurso nacional, que junta, em Bissau, grupos vindos de todo o país.
O Carnaval decorre na Guiné-Bissau entre 02 e 05 de março, sob o lema: "Salvaguarda da Memória Coletiva".
Inicialmente, a comissão organizadora apresentou ao Governo um valor para premiar os melhores grupos, rainhas e máscaras, mas, tendo em conta as dificuldades do Tesouro Público, foi obrigada a baixar a soma para 78 milhões de francos CFA (cerca de 118 mil euros), sublinhou José da Cunha.
"A três dias do Carnaval ainda não temos dinheiro", afirmou José da Cunha, que aguarda, até quinta-feira, por uma resposta do Governo para anunciar como será feita a festa este ano.
Para já, o presidente da comissão organizadora do Carnaval 2019 considera impossível organizar a festa nos moldes programados pela sua equipa desde outubro do ano passado.
Sobre o facto de o Carnaval praticamente coincidir com as eleições legislativas, a 10 de março, José da Cunha disse não constituir problema nenhum.
"Acho que não, até porque as nossas eleições são um autêntico Carnaval", observou José da Cunha, considerando que a Guiné-Bissau estará sempre em festa com os dois acontecimentos.
"Vamos fazer o Carnaval até dia cinco e continuar com as eleições na mesma senda de festa", declarou o responsável.
Conosaba/Lusa
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