quarta-feira, 14 de novembro de 2018

GOVERNO PEDE ATENÇÃO ESPECIAL AOS GUINEENSES EM ANGOLA


O governo da Guiné-Bissau pede uma “atenção particular” da Angola à sociedade guineense radicada naquele país na sequência da “operação resgate” que a república angolana levada a cabo

O pedido do governo foi transmitido, esta segunda-feira (13), em Bissau, às autoridades Angolanas na cerimónia oficial da comemoração da independência da Angola

O ministro da presidência de Conselho de ministros, Agnelo Regala, lembra que a Angola acolhe número significante da comunidade guineense que poderá ajudar no desenvolvimento económico da Angola e da Guiné-Bissau.

“Lançamos um apelo às autoridades Angolas para que uma atenção particular seja concedida a nossa diáspora residente neste país irmão para que os cidadãos guineenses, através de um trabalho sério e honesto, contribuir para o desenvolvimento dos nossos dois países”, exorta.

Entretanto, numa entrevista á imprensa, a margem das comemorações do dia da Angola, o embaixador de Angola na Guiné-Bissau, Daniel António Rosa, nega que os cidadãos guineenses estão a ser maltratados mas admite, no entanto, que alguns em situação irregular estão presos mas a situação está a ser resolvida em termos diplomáticos entre os dois países.

“Segundo os dados que eu tenho não existem maus-tratos tal como foi propalado nas redes sociais a nível da Guiné-Bissau. Isso não existe até porque pessoalmente estive com o ministro dos negócios estrangeiros e informamos que alguns guineenses em situação da migração irregular foram detidos. Acredito que as autoridades da Guiné-Bissau já enviaram uma carta ao seu homólogo solicitante a regularização migratória dos guineenses”, explica.


Em relação ao pedido do governo sobre atenção especial aos guineenses radicados em Angola, Daniel António Rosa diz que a situação vai ser estudada mas cada cidadão deve cumprir as leis internacionais.

“Não posso avançar em relação ao pedido do governo da Guiné-Bissau e todos sabem que existem leis em Angola que qualquer cidadão estrangeiro deve respeitar”, reafirma.

A Angola realiza, neste momento, uma operação denominada resgate que pretende reforçar a ordem e a tranquilidade pública, ordenar a venda ambulante, travar o comércio ilegal e outros males que afectam a segurança pública.

Na sequência os guineenses radicados naquele país pedem a intervenção do Estado porque os seus direitos estão a ser violados, facto negado, ontem, pelo embaixador da Angola.

Já sobre as celebrações do dia da Angola, no seu discurso oficial, o embaixador diz que o seu país continua a acompanhar o processo preparatório das eleições legislativas e, no entanto, espera-se que o processo tenha lugar ainda neste ano de 2018.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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