quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PAIGC NÃO ABDICA DE CONSTRUIR GOVERNO NA GUINÉ-BISSAU . PRESIDENTE DO PARTIDO



O PAIGC não abdica de constituir governo na Guiné-Bissau, disse hoje o presidente do partido, Domingos Simões Pereira, numa altura em que se discutem formas de sair da crise política no país.

"Nesta legislatura não há alternativa a um governo do PAIGC", porque venceu as eleições de 2014, e qualquer tentativa em contrário "é inconstitucional, é ilegal", referiu Simões Pereira à saída de um encontro com o Presidente da República, José Mário Vaz.

O chefe de Estado está a receber desde quarta-feira diferentes dirigentes políticos antes de uma ronda negocial em Conacri, agendada para a próxima semana, sob mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Um grupo de 15 deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) juntou-se em janeiro à oposição (Partido da Renovação Social, PRS), formando uma nova maioria e um novo governo - empossado pelo Presidente da República, atendendo à nova configuração parlamentar, e validado pelo Supremo Tribunal de Justiça.

As divisões bloquearam o parlamento, que não voltou a funcionar, e o país não tem programa de governo, nem orçamento de Estado aprovado.

A 10 de setembro, a CEDEAO reuniu-se com o PAIGC, PRS e grupo dos 15, entre outros atores políticos, e conseguiu que as partes concordassem em "formar um governo de consenso e inclusivo para dirigir o país até as próximas eleições, em 2018", anunciava um comunicado final.

Na última semana, o PAIGC convidou o grupo de 15 deputados para o diálogo, mas estes pediram, primeiro, o levantamento das sanções que o partido lhes impôs e voltaram a defender o afastamento de Domingos Simões Pereira da presidência.

Lusa com Conosaba

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