Presidente del Senegal, Macky Sall.
Um imã senegalês foi condenado em junho por “incitação ao terrorismo”, viu a sua pena aumentada em recurso, de um ano de prisão para dois anos.
Ibrahima Seye, de 38 anos, faz parte de uma dezena de pessoas, incluindo vários imãs, presos em outubro de 2015, no Senegal por “ligação comprovada” com a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM) e o grupo Estado Islâmico (EI).
Seye foi “condenado a 30 meses de prisão, incluindo 24 efetivos” pelo Tribunal de Recurso de Dakar, numa sentença datada de 11 de outubro, declarou na terça-feira à AFP o presidente do Tribunal, Demba Kandji.
O imã, também professor de história e geografia numa escola secundária, foi condenado por “defender o terrorismo” e incitar à desobediência militar e intolerância religiosa, pelo tribunal Kolda, e condenado a 1 de junho, a um ano de prisão. A acusação recorreu alegando que a pena é muito leve.
Durante a audiência a 11 de maio, durante a qual o imã senegalês tinha assegurado a sua própria defesa, Ibrahima Seye alegou ter agido em nome do Islão e contra o “imperialismo ocidental e norte-americano”, referindo o “choque de civilizações e das religiões “.
O imã também assumiu as suas declarações, feitas durante um sermão, cuja gravação divulgada durante o julgamento, defendendo que “Um soldado que vai lutar em terras muçulmanas é um descrente e aquele que luta sob outro bandeira que não o Islão irá para o inferno.”
Neste sermão, Seye disse que “todos os soldados enviados para o Mali são descrentes”, referindo-se em particular ao contingente senegalês da força da ONU no país.
Os outros indivíduos detidos com o imã, continuam presos passado um ano, sem nenhuma informação oficial sobre a data do julgamento, uma situação denunciada por um movimento de cidadãos.
Num comunicado de 6 de outubro, a organização lembrou que “qualquer pessoa presa tem o direito de ser julgada num prazo razoável, por um tribunal imparcial.”
© e-Global com Conosaba
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