sábado, 11 de julho de 2015

COMUNIDADES SÃO SENSIBILIZADOS SOBRE RISCOS DO ÉBOLA NA GUINÉ-BISSAU

Crianças na Guiné-Bissau. Foto: Unicef Guiné-Bissau

ONU apoia iniciativa do governo para celebrar Dia Mundial da População este sábado; animação cultural e leitura da mensagem do secretário-geral da ONU marcam o comício organizado para o efeito.

O Ministério das Finanças da Guiné-Bissau assinala o 11 de julho, Dia Mundial da População, com um comício popular nos arredores da capital Bissau.

O evento co-organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a População, Unfpa, visa sensibilizar as comunidades sobre os riscos do ébola.

Crise Humanitária

Numa entrevista à Rádio ONU, a representante da Unfpa em Bissau ressaltou o fato do país não estar actualmente a enfrentar nenhuma situação de emergência, crise humanitária e catástrofe natural.

Kourtoum Nacro elogiou os esforços do governo em prevenir o ébola no país e realçou a pertinência dos preparativos de resposta.

"Registamos com muito apreço que o governo está a desenvolver vários esforços no sentido de evitar que o surto de ébola entre no país, o que felizmente tem sido possível até agora.

Para nós, o país não tem o problema de situação de emergência e a única ameaça é o ébola."
Kourtoum Nacro. Foto: Rádio ONU

Saúde Reprodutiva

Nacro realçou os esforços das autoridades sanitárias em relação à saúde das mulheres e adolescentes grávidas e admitiu ser ainda longo o caminho a percorrer. Ela reiterou o empenho da Unfpa em ajudar o governo a combater as práticas nefastas a saúde da mulher.

"Estamos a trabalhar com o governo para melhorar a situação de saúde reprodutiva no país, igualdade do género, entre homens e mulheres e pôr fim ao casamento precoce, porque as mulheres são metade da população e casar-se cedo impede o desenvolvimento das meninas."

Gravidez Indesejada

"Populações Vulneráveis em Situação de Emergência" é o lema para este ano. Numa mensagem sobre o Dia Mundial da População, o director- executivo da Unfpa aponta as complicações de saúde reprodutiva como uma das principais causas de morte entre as mulheres em idade fértil.

Babatunde Osotimehin estima que uma em cada cinco mulheres e raparigas adolescentes, possa estar grávida. Para ele, a falta de assistência médica aos partos e os cuidados obstétricos de emergência aumentam os riscos de morte ou lesão..

Amatijane Candé, da Rádio ONU em Bissau.



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