O Coletivo "Nô Raiz" criticou hoje (05-03), o silêncio do governo em relação à situação da destruição dos lugares de retiro tradicional (Baloba) e da igreja em Mindará.
A crítica desta organização foi tornada pública, esta terça-feira, pelo vice-coordenador do coletivo “Nô Raiz” numa conferência de imprensa coletiva com as vítimas da queimada de Baloba.
N ́Canindé Cá mostrou a inquietação do coletivo “Nô Raiz” face ao não pronunciamento do governo perante os fatos ocorridos nos lugares sagrados como na Igreja e na Baloba.
“Lamentamos o fato desta situação não ter sido pauta do conselho de ministros tendo em conta que a situação gerou ao longo do tempo, sobretudo, das ameaças e calúnias, então é uma preocupação enorme quando estas situações acontecem com o silêncio do governo”, suspirou o vice-coordenador do coletivo.
O vice-coordenador do Coletivo “Nô Raiz” N ́Canande Cá convidou também os guineenses a trabalharem seriamente sobre a questão da intolerância religiosa na Guiné-Bissau.
“Esta não é apenas a responsabilidade do coletivo “Nô Raiz” ou dos "balobeiros" mas sim dos guineenses, neste caso é preciso trabalhar na questão da intolerância religiosa a fim de evitar as futuras consequências”, salientou N´Canande Cá, que defende ainda a introdução de uma disciplina que incentive a diversidade religiosa no currículo escolar para evitar incendiar e destruir os lugares sagrados do culto no país.
“Convidamos as universidades e as escolas para criaram espaços ou disciplinas que vão incentivar a diversidade religiosa porque caso não houver teremos dificuldades de cumprir o que está na nossa brasão: Unidade, Luta e Progresso”, adiantou o vice-coordenador do coletivo "Nô Raiz".
Recorde-se que um grupo de pessoas não identificadas incendiou e deixou uma destruição completa o lugar de retiro tradicional (Baloba) em Mindará.
Fato que a igreja Católica da Guiné-Bissau já reagiu a que considera de grave e condena o ocorrido com toda a força dada que mina a sã convivência entre a religião no país.
Outra reação foi da igreja muçulmana através da União Nacional dos Imames que pede a cada guineense que partilhe a mensagem de paz e de irmandade com vista ao respeito da boa convivência Inter-religiosa no país.
Por: Marcelino Iambi/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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