O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, afirmou que os suspeitos dos casos de 1 de fevereiro de 2022, 1 de dezembro de 2023 e dos 6 bilhões de francos cfa não podem ficar impunes e que estes serão responsabilizados pelos atos cometidos.
Sissoco Embaló falava à imprensa, depois de ter visitado as obras situadas no parque N’Batonha em Bissau, tendo afirmado que esta semana “será decisiva”, revelando que vai convocar o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a Procuradoria-geral da República, Presidente Tribunal Militar Superior e o Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas para que os processos dos acusados sejam levados ao julgamento.
“As pessoas não podem ficar impunes. Quem foi condenado vai pagar pelos seus atos. Estes processos devem ser prioridades do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, da Procuradoria-geral da República e do Presidente do Tribunal Militar Superior. Os processos já foram acusados, o povo deve conhecer a verdade” disse Embaló.
Sobre as crises no MADEM-G15 e no PRS, o chefe de Estado afirmou que é “normal”, mas lamentou o facto de não terem solicitado os seus “bons ofícios”.
“Não estou interessado em destruir o partido que ajudei a criar, embora haja gente que não queira reconhecer que participei na formação do partido. Dizem que há mãos ocultas. Não tenho interesse em destruir nenhum partido. Não é do meu interesse, sobretudo, quando se trata do meu campo. O PAIGC está atento, deixando que as pessoas se confrontem. É assim que o PAIGC passou. Confrontavam-se mutuamente e acabaram por perder o poder” disse, lembrando que se o PAIGC não tiver “infelicidade” de ele, o PR , ter dissolvido o Parlamento, os libertadores iriam engolir todos os partidos.
“Mas infelizmente houve a tentativa de golpe de Estado, logo registou-se uma outra dinâmica. Não me sinto traído por pessoas que outrora andávamos juntos. Mas felizmente, no nosso sistema toda a situação política acaba na mesa do Presidente da República, nomeadamente, eleições, formação de governo, dissolução do Parlamento” respondeu, quando questionado se se sente traído por seus então aliados.
“Hoje na Guiné-Bissau, mesmo as questões de prisioneiros dizem que é o Presidente da República, e isso é lamentável. Em vez de as pessoas se concentrarem no Sissoco Embaló, devem preocupar-se com a renovação dos seus partidos, os congressos, e as dinâmicas docontexto atual. Se notarem, todos os partidos estão a fazer barulho e o PAIGC calou-se. Esta também é uma forma inteligente de fazer a política. Por isso, aconselho a todos os partidos políticos a trabalharem para que não repitam os resultados que tiveram no dia 4 de junho nas últimas eleições legislativas, ao invés de se preocuparem em atacar Umaro Sissoco Embaló” apelou.
Negou que tenha interesse em criar um novo partido, devido à atual conjuntura política que o opõe aos seus aliados, nomeadamente MADEM-G15, PRS e APU-PDGB.
“Não posso criar um partido. Aliás, não estou na dinâmica de destruir nenhum partido” concluiu Sissoco Embaló.
Por: Tiago Seide
Conosaba/odemocratagb.
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