O Secretário Adjunto da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Central – Sindical (UNTG-CS), Yasser Turé, denunciou esta terça-feira, 19 de outubro de 2021, que o atual governo tem montado uma estratégia bem premeditada para assassinar o sindicalismo na Guiné-Bissau, mas que “a UNTG está consciente e preparada”.
Yasser Turé falava numa conferência de imprensa conjunta realizada pelos sindicatos de base filiados na UNTG, na qual disse que num contexto “sócio-político, económico catastrófico criado pelo executivo de subsídios bilionários, era impensável esperar que a UNTG ficasse em silêncio”. Turé acrescentou que a Central Sindical não será cúmplice de um “silêncio criminoso”.
O sindicalista assegurou que a atual direção da UNTG não permitirá que o direito fundamental dos trabalhadores seja sacrificado no altar do consenso político. Adiantou que se as autoridades no poder tiverem um plano político e precisarem fazer um sacrifício devem procurar um animal, mas não sacrificar os direitos dos trabalhadores, porque “a UNTG nunca aceitará essa manobra dilatória dos governantes”.
Por seu lado, o porta-voz do sindicato de base do Ministério das Finanças, Malam Homi Indjai, acusou o governo de não ter capacidade e competência para resolver problemas apresentados pela UNTG.
“Os subsídios de representação em viagens do Presidente da República é de 25 milhões de francos CFA, apenas numa viagem do Chefe de Estado. Este valor poderia pagar salários de 154 professores que recebem na letra C, D e F e pode pagar ainda 231 professores que recebem na letra G ou enfermeiros e 297 técnicos superiores da administração pública guineense, portanto logicamente a Guiné-Bissau não pode desenvolver-se com esses subsídios de representação de viagem pagos aos responsáveis dos órgãos da soberania”, criticou.
Para o porta-voz da Frente Comum, Sene Djassi, o chefe do executivo guineense, Nuno Gomes Nabian está a enganar os professores, porque em 2020 assumiu que resolveria a questão da carga horária, mas não cumpriu.
“No dia 2 de julho de 2021 assumiu esse compromisso de novo, nada aconteceu. No dia 15 de outubro voltou a prometer que iria resolver essa situação, até ao momento nada conseguiu fazer, portanto não há garantias”, indicou.
Neste sentido, apelou aos professores para não darem ouvidos às declarações do primeiro-ministro.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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