O Secretário-Geral cessante do Partido da Renovação Social (PRS), Florentino Mendes Pereira, denunciou este domingo, 14 de novembro de 2021, que há um clima de intimidações e discriminação étnica no seio dos renovadores.
A denúncia foi feita durante apresentação, na cidade de Gabú, da sua candidatura à presidência do partido no sexto (VI°) Congresso Ordinário agendado para 16 a 19 de dezembro do ano em curso. Mendes Pereira fez-se acompanhar nesta cerimónia por alguns dirigentes do partido, com destaque para Certório Biote, também candidato à liderança do partido e Lucas Na Sanhá, candidato ao cargo de secretário-geral.
Perante centenas de militantes e simpatizantes presentes, Pereira disse no comício que terá sido afastado da lista de candidatos do partido nas últimas presidenciais de 2019, por ser da etnia manjaca.
“Hoje sou apontado como um manjaco. Como é possível ser militante há 30 anos e não poder ser candidato [do partido] à presidência [da República]” questionou, para de seguida, revelar ataques contra a sua candidatura com fundamentos em como não ter capacidade para dirigir o terceiro maior partido mais votado nas legislativas de 2019.
Assegurou que o partido precisa tomar o norte, frisando que “isso só é possível com a nossa liderança, tendo em conta a nossa capacidade e experiência demonstradas no partido e dos ganhos que trouxemos ao partido.”
“Basta do PRS ‘tchapa-tchapa’ e parar de ir às eleições sem o cabeça de lista. O PRS precisa ser reconstruído”, disse, acrescentando que se for cabeça de lista, o seu partido ganhará as próximas eleições.
Por seu turno, o candidato a secretário-geral do PRS, Lucas Na Sanhá, disse que há a necessidade de mudar o rosto do partido a nível nacional e internacional, porque o PRS está limitado agora apenas a nível nacional.
Para a mandatária da candidatura de Florentino Mendes Pereira, Martina Moniz, o partido precisa de mudança que começa pela sua presidência e pela renovação das suas estruturas.
Salienta-se que o congresso dos renovadores agendado para dezembro tem como lema “O legado político de Dr. Koumba Yalá face aos desafios do desenvolvimento” e contará com 901 delegados provenientes de diferentes regiões do país e da diáspora.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: E.M
Conosaba/odemocratagb
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