O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lançou hoje os trabalhos de estudo de viabilidade para a construção do porto comercial e mineiro sobre o rio Grande Buba, aquela que será a maior obra de engenharia civil do país.
Em 2019, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) doou ao Governo da Guiné-Bissau dois milhões de dólares (1,77 milhões de euros) para custear o estudo que nunca avançou devido à instabilidade governativa no país.
O estudo de viabilidade económica do projeto vai ser realizado pela empresa portuguesa TPF -- Consultores de Engenharia e Arquitetura e deverá durar 10 meses.
A construção do porto de Buba é um projeto antigo da Guiné-Bissau, sendo Angola o último interessado no projeto que estava integrado no processo que iria levar também à exploração das jazidas de bauxite na região de Boé, no leste do país.
Se for construído, o porto de Buba será a maior obra de engenharia civil na Guiné-Bissau, terá 18 metros de profundidade e permitirá o escoamento do bauxite de Boé e ainda a atracagem, em simultâneo, de três navios de até 70 mil toneladas.
O maior porto de atracagem de navios comerciais de que dispõe a Guiné-Bissau neste momento é o porto comercial de Bissau, com capacidade para receber navios de até 10 toneladas.
Numa cerimónia no palácio do Governo, perante dirigentes guineenses e convidados estrangeiros, o Presidente afirmou que "finalmente" o país dispõe de condições para fazer arrancar as obras do porto de Buba.
"A edificação do Porto de Buba foi um sonho de várias gerações. Muito se falou e muito se escreveu sobre este grande empreendimento. Chegou a hora de transformar esta imaginação antiga num projeto em vias de concretização", afirmou Embaló.
O Presidente guineense notou que o arranque das obras do Porto de Buba só é possível "graças a uma nova diplomacia económica" em curso no país, que, disse, trouxe a recuperação da credibilidade interna e externa da Guiné-Bissau.
Umaro Sissoco Embaló acredita que a construção do porto irá potenciar um novo desenho da geografia económica do país com a criação de caminhos-de-ferro, estradas e um novo polo de desenvolvimento com impacto além-fronteiras, observou.
Conosaba/Lusa
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