O presidente do Sindicato Nacional dos Professores e Funcionários da Escola Superior de Educação (SIESE), Luís da Costa, ameaçou esta quarta-feira, 24 de novembro, paralisar todas as unidades, se o diretor do Centro de Formação de Professores “Serifo Fal Camará” de Buba não for substituído.
“É urgente até dia 3 do próximo mês, caso contrário vamos entregar um pré-aviso de greve e vamos paralisar todas as unidades que pertencem à SIESE”, ameaçou, criticando que o centro de formação de Buba é menor em relação a outros centros, por isso pode albergar o número de estudantes que tem neste momento apenas em quatro salas de aulas.
“Queremos saber se o governo pretende formar professores ou se está a fingir formar só para formar?”, questionou em conferência de imprensa.
Luís da Costa denunciou que a direção do centro substituiu onze professores e entregou horários letivos a alguns professores que não trabalham mas recebem todos os meses.
“Esses professores recusaram entregar horários. Também existem problemas na Escola Normal Superior “TchicoTé” e na Escola de formação de Bolama, onde os diretores não pagaram alguns professores que estavam envolvidos na correção das provas de admissão”, sublinhou e disse que não deve existir negócio nas escolas de formação.
“As direções dessas escolas devem devolver dinheiro aos estudantes reprovados e deixar os que foram admitidos estudar”, indicou, para de seguida afirmar que os diretores e subdiretores não devem ser nomeados sem terem formação superior.
O Presidente do sindicato de base do centro formação “Serifo Fal Camará” de Buba, Aruna Nhancú, acusou na mesma conferência de imprensa o diretor do centro de ter contratado professores do liceu para corrigir testes de admissão do ano letivo 2020/2021.
“Depois da publicação das notas houve excesso de alunos no centro o que obrigou a direção a transformar a biblioteca, a sala dos professores e a residência do próprio diretor em salas de aulas”, afirmou.
Acusou ainda a direção do centro de ter adulterado fichas de avaliação dos professores, porque depois dos exames a direção do conselho técnico fez alterações nas notas, atribuindo notas, de forma aleatória, aos estudantes e depois publicou os resultados.
“Escrevemos uma carta para pedir esclarecimentos sobre o caso, mas infelizmente não se dignaram responder”, disse.
O Presidente do sindicato de base do centro formação disse que depois da abertura do ano letivo 2021/2022, o conselho técnico elaborou uma lista para retaliar os professores.
Segundo disse, da lista constam nomes de seis professores que não receberam horários letivos e “ como se não bastasse o conselho técnico enviou essa lista para a direção do centro a ameaçar que os professores em causa não podiam receber horários, caso contrário alguém seria demitido das suas funções.
Por: Noemi Nhanguan
Foto: N.N
Conosaba/odemocratagb
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