O ministro das finanças, João Aladje Mamadu Fadia, advertiu esta quinta-feira, 30 de Setembro de 2021, que se a Guiné-Bissau conseguir atingir as metas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), após as avaliações do programa de referência, automaticamente terá um programa financeiro com o FMI que desembolsará um certo montante em benefício do país.
Acrescentou que essa colaboração com o Fundo Monetário Internacional já permitiu, além da facilidade de crédito rápido, o acesso àquilo que chamam distribuição dos direitos especiais que atingiram 39 milhões de dólares e que neste momento, este valor está na conta da Guiné-Bissau e será utilizado criteriosamente com base naquilo que foi acertado com a missão do Fundo Monetário Internacional.
João Mamadu Fadia disse que a maior parte deste valor será utilizado na amortização da dívida externa do país, permitindo assim criar maior espaço orçamental para que em 2022 possamos ter mais investimentos com os recursos internos.
João Aladje Mamadu Fadia falava à imprensa, após uma reunião virtual com a missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), no quadro da avaliação do programa de referência à Guiné-Bissau, realizada no Ministério das Finanças, após o qual disse terem acabado de discutir e fazer o ponto de situação daquilo que vai ser toda a missão virtual até ao dia 11 de outubro próximo.
O governante informou que em julho de 2021, o país concluiu com o FMI um programa de referencia que não vai ao conselho da administração daquela instituição financeira, para permitir ao país mostrar os seus esforços para se ajustar às boas práticas, sobretudo no cumprimento das metas que permitem a estabilidade macroeconómica e ter bases para um crescimento sustentável.
Mamadu Fadia lembrou que, desde julho de 2019 a Guiné-Bissau, viu o seu programa com FMI suspenso, devido ao fato de não ter sido possível efetuar as duas avaliações previstas do programa que estava em vigor, por causa da gestão praticada na altura que relevou grandes défices orçamentais, porque estava desenquadrado com os compromissos assumidos.
Adiantou que deste estão até aqui o país não voltou a ter nenhum programa com o FMI.
“Desde que o atual governo se instalou, reatou os contactos e conseguimos finalmente um acordo que nos permitiu ter acesso a facilidade de crédito rápido como membro da FMI, o que nos valeu cerca de 20 milhões de dólares em janeiro de 2021. Para aceder a esse crédito, manifestamos logo a partida que estávamos interessados em ter um programa com o Fundo Monetário Internacional e é esse programa de referência de nove meses que estamos a executar neste momento e terminará em dezembro. Mas como as avaliações são feitas trimestralmente, a última será feita em março de 2022”, sublinhou.
Fadia, sublinhou que o programa visa uma estabilidade macroeconómica e crescimento sustentável para que o país possa atingir em 2025 o défice orçamental de 3% (três por cento) e reduzir a dívida para 70% (setenta por cento) por cento.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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