O governo do Japão disponibilizou dois mil milhões e duzentos e sessenta milhões (2.260.000.000) de francos CFA´s de apoio ao programa nacional de cantinas escolares e ao programa de tratamento de desnutrição aguda moderada nas regiões de Oio, Bafatá e Gabu, que são as mais afetadas pela desnutrição crónica.
A disponibilização desse fundo resultou de um acordo de parceria assinado esta sexta-feira, 08 de outubro, entre o governo do Japão e o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM) para o financiamento das atividades do PAM na Guiné-Bissau.
O documento foi rubricado pelo representante do PAM no país, João Monja, e pelo embaixador extraordinário e plenipotenciário do Japão para a Guiné-Bissau, Tatsuo Arai.
A ajuda vai beneficiar as crianças inscritas apenas nas escolas assistidas pelo PAM e as crianças desnutridas nos centros de saúde e centros de recuperação nutricional.
Lê-se, em nota da organização a que O Democrata teve acesso que o PAM vai continuar a apoiar as escolas mais vulneráveis no país durante o ano escolar 2021/2022 e, consequentemente, implementar em colaboração com o Ministério da Educação, o programa nacional de alimentação escolar em todas as oito regiões, com a exceção do Setor Autónomo Bissau, visando mais de cento e cinquenta mil (150.000) crianças em seiscentas e noventa e três( 693) escolas primárias e duas mil (2.000) crianças, menores de cinco anos, poderão receber, cada, alimento especial que vai ajudá-la a recuperar rapidamente.
Após a formalização do acordo, o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário do Japão para a Guiné-Bissau, Tatsuo Arai , disse que a relação entre seu o país e a Guiné-Bissau tem sido reforçada em diversos domínios, visto que seu país comprometeu-se em melhorar a governação da Guiné-Bissau.
Tatsuo Arai disse que a doação visa a melhoria e a estabilização da situação alimentar na Guiné-Bissau, sendo “um objetivo comum para o governo guineense e o do Japonês”.
O representante do Programa Alimentar Mundial (PAM), João Manja, referiu que o acordo assinado com o Japão vai beneficiar os grupos mais vulneráveis, nomeadamente, crianças em idade escolar, grávidas e lactantes vulneráveis à segurança alimentar e nutricional.
“A saúde de uma população passa por uma boa alimentação completa e equilibrada a partir dos primeiros anos de vida”, enfatizou, para de seguida sublinhar que a doação do Japão vai para além daquilo que é prioritário das necessidades recorrentes da população, como também vai atenuar as lacunas deixadas pela pandemia da Covid-19.
Por seu lado, a Diretora geral dos assuntos sociais e da Cantina Escolar, Dulia Barbosa e Silva, agradeceu ao governo Japonês e ao PAM pelos apoios que têm dado à Guiné-Bissau na melhoria da alimentação das crianças, grávidas e lactantes.
“O governo guineense tem-se empenhado em combater a crise alimentar e a trabalhar no desenvolvimento do programa de cantina escolar”, indicou e afirmou que as escolas que beneficiam do programa de cantina escolar “dificilmente participam em greves”, nem na “instabilidade educacional”.
Por: Epifania Mendonça
Conosaba/odemocratagb
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