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A declaração do Governo face à comunicação do CEMGF sobre alegada mobilização de jovens militares para golpe de estado.O governo nega que o chefe de estado major-general das forças armadas Biaguê Nantan tenha denunciado a tentativa de golpe de estado na Guiné-Bissau.
O governo fazia referência a um artigo publicado pela agência de notícias portuguesa.
A Lusa, no seu artigo, afirma que chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas general Biagué Na N'Tan, denunciou, na cerimónia para assinalar o dia da Polícia Militar (PM) da Guiné-Bissau, tentativas de mobilizar militares com dez mil francos cfa (cerca de 15 euros) para reverter a ordem constitucional.
Nesta ordem de ideia, Fernando Vaz desmentiu aquilo que considera de notícias maliciosas, e que não há nenhum golpe de estado em preparação.
“ (..) O chefe do estado-maior exortou os jovens militares usando metáforas para que se distanciassem de qualquer tentativa de golpe de estado, (facto que marcou e caracterizou o passado dos nossos militares), não pode a lusa maliciosamente servir-se dessas metáforas para produzir conteúdos noticiosos bombásticos visando interesses alheios da Guiné (Bissau) do seu povo”, diz acrescentando que “ queremos aqui repudiar e esclarecer a opinião pública e em geral que o chefe do estado-maior não denunciou nenhuma mobilização para o golpe de estado porquanto na Guiné-Bissau não há nenhum golpe de estado em preparação. Desmentimos categoricamente esta noticia maliciosa posta a circular no mundo pela lusa”.
Entretanto, Biaguê Nantan, na sua explanação ontem chamou atenção aos militares a não se deixarem ser mobilizados para desestabilizar o pais anunciando que esta ciente sobre as tentativas de mobilização dos militares em curso no país
“Quero pedir-vos, vocês da Polícia Militar, para não alinharem com as pessoas que estão a mobilizar militares nos quartéis, porque nada se esconde hoje", afirmou o general adiantando que “ os dez mil francos cfa que estão a distribuir para abertura de conta bancária não resolvem os vossos problemas e os da vossa família.
Por outro lado, Vaz sublinhou que os órgãos de comunicação portuguesa sistematicamente têm levantado insinuações usando a mentira que coloca em causa o bom nome do país.
“ O artigo da lusa em questão, representa o pior que um profissional de comunicação poderia fazer constituindo assim uma clara violação do código deontológico dos jornalistas e um atentado contra a Guiné-Bissau. Já começa a ficar cansativos termos que repetidamente desmentir falsidades e para que a repetição da mentira não cria impressão de que ela se tornou a verdade, somos obrigados a repor publicamente a verdade dos factos” afirmou para depois sublinhar que “ é muito triste o ponto em chegamos em que os órgãos de comunicação portuguesa, sistematicamente têm levantado insinuações, suspeições e reinterpretando declarações de altos dignatários guineenses usando mentiras que colocam em causa o bom nome do país e sua reputação”.
O país já foi alvo de vários golpes de Estado, tendo o último ocorrido em 2012 e militares guineenses estão desde então sob sanções das Nações Unidas.
Por: Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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