quarta-feira, 10 de março de 2021

PRS condena atos de justiça privada e repudia ataque a bloguista guineense Aly Silva

 


Seja quais forem as motivações, tal como no passado, o PRS não deixa de condenar veementemente atos de justiça privada, iniciativas que, aliás, não se enquadram nos ideais que enformam a nossa filosofia política e muito menos o ideário político advogado pela grande família Internacional Centrista, da qual fazemos parte", referiu um comunicado assinado pelo presidente do partido, Alberto Nambeia.

Segundo o PRS, delitos de opinião "não existem" no ordenamento jurídico guineense.

"Num Estado de Direito democrático como o nosso, cabe a quem se sinta lesado um único caminho, exigir reparações nas instâncias judiciais", lê-se no comunicado.

O PRS apelou também às instâncias judiciais para que investigue este e outros casos para que sejam "responsabilizados judicialmente os respetivos mandantes", salientando que este tipo de acontecimentos em "nada abonam a imagem e a democracia" na Guiné-Bissau.

O bloguista guineense Aly Silva foi sequestrado e espancado, na terça-feira, no centro de Bissau, tendo depois sido abandonado nos arredores da cidade, um caso denunciado pela Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Fonte do Ministério do Interior guineense contactada pela Lusa disse que soube deste incidente através daquela organização de defesa dos direitos humanos.

Em entrevista hoje à Lusa, Aly Silva denunciou que foi agredido a mando de "pessoas ligadas ao poder", associando-as diretamente ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

As organizações da sociedade civil têm denunciado diversas violações dos direitos humanos contra ativistas, políticos, deputados e jornalistas e órgãos de comunicação social.

Um dos casos mais recentes foi o de dois ativistas políticos do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), segunda força política do país e que integra a coligação no Governo, que denunciaram publicamente terem sido espancados alegadamente por guardas da Presidência guineense, dentro do Palácio Presidencial, um caso a que o Ministério Público guineense ainda não deu seguimento, de acordo com a Liga dos Direitos Humanos.

Conosaba/Lusa

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