sexta-feira, 5 de março de 2021

“O MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO ACEITA A MORTE INESPERADA DE SEDJA MAM” – PGR

 


O Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, afirmou esta quinta-feira, 04 de março de 2021, que o Ministério Público, mesmo prestando tributo, não aceita a  ausência inesperada de António Sedja Mam nem a convocação da morte por lhes retirar uma das pérolas da instituição que dava corpo, alma e vida.

Fernando Gomes lembrou que “houve um pacto implícito que rompeu sem, no entanto, despedir-se,  com tanto trabalho para fazer e ensinar. De maneira que para Sedja Mam rima com a imortalidade”.

O Procurador Geral da República  falava na cerimónia de homenagem e elogio fúnebre ao António Sedja Mam, realizada no Palácio de Justiça, em Bissau. A homenagem foi testemunhada pelo Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Sanhá, por membros do governo, magistrados, familiares, amigos e personalidades individuais.

“Estamos hoje aqui reunidos para prestar homenagem a alguém que já não está connosco, mas pelas suas obras, sua maneira de ser, pelas recordações que em nós deixou, estará sempre presente. A notícia da morte do Sedja Mam deixou-nos profundamente consternados, porque calou-se para sempre a voz não só de um lutador e patriota que tinha como oficio colocar o seu saber para assegurar aos cidadãos deste país, o mínimo de dignidade e igualdade, como também a de um magistrado”, sublinhou.

Fernando Gomes acrescentou que “este momento é de dor e reconhecimento para se despedir daquele que foi em vida o cidadão Sedja Mam, homem de trajeto singular que muito enriqueceu por onde passou”.

Em nome dos familiares, Adriano Mam transmitiu que António Sedja Mam era um homem exigente e sempre preocupado com a família e um lutador para o saber ao ponto de chegar esse nível. 

“A família sofreu uma baixa enorme que já mais será esquecida na memória”. Adriano Mam agradeceu às autoridades nacionais, amigos e colegas do malogrado pelo gesto de solidariedade prestado desde a sua morte até à data da cerimónia fúnebre.

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A     

Conosaba/odemocratagb

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