A primeira república da Guiné-Bissau estruturada em 24 de setembro de 1973 após o congresso que definiu as estruturas do novo Estado-nação, garantiu como obrigatoriedade o estado dar educação de qualidade à todos os cidadãos nacionais e estrangeiros residentes no país e isso foi um dos fundamentos após a criação da segunda república que fundamentou os argumentos de que entre os fracassos da primeira república a educação fazia parte.
O tempo foi tão rápido que nos permitiu hoje julgar o passado por meio das constantes greves no sistema educativo no país permitindo assim fuga para estrangeiro de maioria dos jovens guineenses.
Mas, é importante lembrar que, o passado e até o presente momento nas nossas sociedades a tradição de ensinar vem de uma geração milenares e a propria tradição nos informa a respeito do valor que o ensinar têm ao longo de séculos nas civilizações de Bissau-guineense. Assim, tudo o que é importante para a comunidade, uma cidade distante ou não de capital era e é encarado como elemento sine qua non a todos.
Mesmo onde ainda não construíram a escola ou se tiverem se apresenta em condições indesejável, cada grupo vive a cultura e a guineendade no seu espírito nacionalista, cabralista, titinista lutam e nos intervalos dos lugares onde estão, criam e desenvolvem situações que conduz ao bem-estar de todos por meio da educação e na educação endógena.
Os jovens, os adultos buscam os saberes, as crenças e os gestos que os tornarão um dia o modelo de homem e ou da mulher que o imaginário daquela sociedade se propõe. Educação não é a tarefa exclusivo do governo, mas sim ela é endoculturativa, ela é definir, descrever, distinguir expressar, mostrar, especificar, selecionar, desenvolver experiências acumuladas por um determinado povo ou grupo.
A participação de todos torna-se uma obrigação na medida que a própria sociedade demanda. No nosso caso guineense, é importante lembrar que educação não é um favor, ela é um direito consagrado na constituição da república da Guiné-Bissau, é importante que o governo investe na formação rigorosa dos professores, criação de infraestrutura escolares em todo o território nacional e adoção de um currículo nacional evitando assim as discrepâncias que se vê entre as escolas públicas e privadas. Contudo, reconhecemos o esforço do ministério da educação no que tange as discussões a respeito da correção e melhoria no sistema educativo, mas ainda assim, a dita universalização de ensino que permite e garante a matrícula de toda criança na escola pública de graça ainda continua a ser um simples gesto de governo em relação ao sistema, pois muitas escolas têm associações de pais que ainda cobram matricula nas escolas de ensino básico no país deixando assim de fora aquelas cujos os pais não têm meios para pagar. É importante também que o MEN tenha consciência de que educação não é, simplesmente as vagas para alunos, ou pagar salario aos professores, mas sim passa necesariamente pelo controle dos professores, criaçao de condições politicas, economicas capazes de auxiliar o cabal funcionamento do sistema no seu todo.
Neste vies, apraz-me a lançar apelo ao governo, associação dos pais e encarregado da educação, sindicatos dos professores, organismos internacionais voltada a educação que busquem soluções com urgência para o sistema educativo guineense.
NÓ ERNONS MISTY BAI SKOLA, PA TENÉ FUTURO MINDJOR, SUMA BÓ FIDJUS!
ADILSON VICTOR OLIVEIRA
Mestrando em Ciências Humanas
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