quinta-feira, 7 de novembro de 2019

CEDEAO DÁ 48 HORAS AO GOVERNO GUINEENSE FAUSTINO IMBALI PARA SE DEMITIR


A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) deu um prazo de 48 horas aos membros do Governo guineense do primeiro-ministro Faustino Imbali para se demitirem, caso contrário sofrerão "sanções pesadas".

O representante da organização em Bissau, Blaise Dipló transmitiu a advertência, através de um comunicado por si lido na representação da CEDEAO em Bissau, sem que os jornalistas tivessem direito a colocar perguntas.

"A CEDEAO lança um último apelo solene a todos os que, de forma abusiva, integram o Governo ilegal de Faustino Imbali para que se demitam e se distanciem de qualquer iniciativa que possa comprometer o processo das eleições presidenciais, confiado às instituições legais" da Guiné-Bissau, advertiu Blaise Dipló.

O responsável realçou que os membros do Governo de Faustino Imbali devem, ainda, apresentar a carta de demissão junto da representação da organização, em Bissau.

"Possuem 48 horas para fazer conhecer a sua decisão junto à representação especial da CEDEAO na Guiné-Bissau", avisou Blaise Dipló.

O representante afirmou que a CEDEAO está adotar aquela postura em relação aos membros do Governo de Faustino Imbali tendo em conta a Constituição da Guiné-Bissau, considerando os resultados das eleições legislativas de 10 de março, do qual resultou o Governo do primeiro-ministro, Aristides Gomes e ainda em atenção à decisão da 55º cimeira de chefes de Estado e de Governos da CEDEAO, realizada em junho, na Nigéria.

Na cimeira ficou acordado que José Mário Vaz, cujo mandato terminaria em 23 de junho, iria permanecer no cargo como Presidente guineense, até à realização de eleições presidenciais, marcadas para o próximo dia 24, e que o Governo de Aristides Gomes iria organizar o escrutínio.

Se até sexta-feira, os membros do Governo de Faustino Imbali não se demitirem, Balise Dipló avisou que serão alvos de sanções individuais na cimeira extraordinária de líderes da CEDEAO que vai ter lugar no mesmo dia, no Níger, justamente para analisar a situação política na Guiné-Bissau.

"Não tenho qualquer discurso a fazer, nem comentários, apenas um comunicado para ser distribuído pelos órgãos de comunicação social para que as pessoas possam agir rapidamente", disse Blaise Dipló.

Conosaba/Lusa

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