O líder da Frente de Salvação Nacional (FREPASNA) e candidato às eleições presidenciais de 24 de novembro na Guiné-Bissau, Baciro Dja, afirmou que as divergências entre Domingos Simões Pereira, José Mário Vaz e Braima Camara não residem nas diferenças ideológicas, mas sim no "clientelismo político.
"Eles não sabem o que é a ideologia, a diferença é justamente no clientelismo político, estou no poder, com quem eu vou governar, com ele, com os meus amigos ou meus parceiros, estas são as diferenças", justificou Baciro Djá.
Djá falava à imprensa este sábado, 16 de novembro de 2019, no final da visita à sede da União Nacional de Deficientes Motoras e Vítimas de Guerra (UNDEMOV), na qual afirma que eles nunca puseram o interesse do país em primeiro lugar nesta luta para a governação.
O político que foi terceiro vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) após o congresso do partido em Cacheu em 2014, lamentou o porquê de o líder do PAIGC, Simões Pereira, não ter facilitado o coordenador do Madem G-15, Braima Camara, a ser o segundo vice-presidente do parlamento, depois das eleições legislativas de 10 de março último, como forma de permitir a Guiné-Bissau encontrar o caminho da estabilidade.
Durante a sua intervenção perante deficientes motoras, Djá denuncia que as candidaturas de Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló são suportadas pelos dois presidentes da sub-região, Macky Sall, do Senegal e Alpha Condé, da Guiné-Conacri, devido aos interesses na exploração do petróleo e fosfato da Guiné-Bissau.
Além das acusações ao Umaro Sissoco Embaló e Domingos Simões Pereira, o político dissidente do PAIGC também acusou o economista guineense, Paulo Gomes, do envolvimento na exploração do fosfato, devido à sua relação com o Presidente Alpha Condé.
Na ocasião, Baciro Djá promete melhorar a situação das deficientes motoras e vítimas de guerra, caso for Presidente da Republica, no próximo dia 24 de novembro.
Nascido em 31 de janeiro de 1973, Baciro Djá é formado em Psicologia, com formação em Cuba e França.
As eleições presidenciais na Guiné-Bissau realizam-se a 24 de novembro, estando a segunda volta, caso seja necessária, marcada para 29 de dezembro.
A campanha eleitoral decorre até o dia 22 de novembro.
Por: AC
Conosaba/Rádio Jovem Bissau
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