sábado, 26 de outubro de 2019

TRÊS FERIDOS GRAVES EM PROTESTO NÃO AUTORIZADO EM BISSAU

Polícia de Ordem Pública, Armando Nhaga



Fonte do Hospital Simão Mendes disse ter recebido um ferido, enquanto fonte do Hospital Militar referiu que a unidade acolheu dois feridos.

O protesto, não autorizado pelo Governo guineense, resultou também na detenção de três manifestantes, por alegadamente agredirem agentes policiais, segundo disse à Lusa o comissário nacional da Polícia de Ordem Pública, Armando Nhaga.

O general justificou a atuação da polícia, que hoje dispersou a tentativa de manifestação com recurso a gás lacrimogéneo, com a necessidade de "manter a ordem na cidade", acusando os manifestantes de atirarem pedras contra as forças da ordem.

"A polícia está apenas a tentar manter a ordem na cidade, mas temos fotografias em que se veem manifestantes a atirarem pedras contra a polícia", disse Nhaga.

A manifestação, que foi dispersada pelas autoridades com recurso a gás lacrimogéneo, envolveu milhares de pessoas e ocorreu na Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria, que liga o centro da cidade de Bissau ao aeroporto.

Proibida pelo governo, a manifestação foi organizada pelo Partido da Renovação Social (PRS), Movimento pela Alternância Democrática (Madem-G15) e Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático Guiné-Bissau (APU-PDGB) para reclamar da forma como estão a ser organizadas as eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.

Numa carta enviada na sexta-feira aos organizadores do protesto, o Ministério do Interior explicou que o protesto não era autorizado por o executivo não ter condições de garantir a segurança necessária à manifestação.

O ministério justificou a sua decisão, salientando que a lei prevê que as pessoas ou entidades que pretendem realizar manifestações devem avisar com antecedência mínima de quatro dias úteis e que só recebeu a carta na quinta-feira.

Na sua página da rede social Facebook, a Liga Guineense dos Direitos Humanos manifestou-se contra a decisão do Governo de proibir o protesto.

Conosaba/Lusa






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