O ministro da Presidência do Conselho de Ministros da Guiné-Bissau, Armando Mango, afirmou hoje que há tranquilidade total no país e que tudo será feito para que as eleições presidenciais tenham lugar no dia 24 de novembro.
Armando Mango deu estas indicações aos jornalistas à saída de uma reunião em que participaram os ministros da Defesa, Luís Melo, da Administração Territorial, Odete Semedo, e o secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Saegh, além do representante da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) na Guiné-Bissau, Blaise Diplo.
O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, denunciou segunda-feira à noite, numa publicação na sua página do Facebook, uma tentativa de golpe de Estado para procurar impedir a realização de eleições presidenciais.
Na publicação, o primeiro-ministro revela também que o autor daqueles atos "está devidamente identificado de forma inequívoca e chama-se Umaro Sissoco Embaló".
Umaro Sissoco Embaló, antigo primeiro-ministro guineense e dirigente do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), e candidato às eleições presidenciais, já disse que as acusações do primeiro-ministro são "mentira e calúnia".
O ministro Armando Mango, que é também o porta-voz do Governo guineense, disse que as forças de segurança do país foram alertadas sobre a pretensão de "algumas pessoas em organizar manifestações de rua e iriam culminar em atos de vandalismo, inclusive queimas de pneus".
"As forças de segurança fizeram o seu trabalho, assegurando toda a instituição do Estado. Podemos garantir ao povo que pode ficar sereno. O Estado está a fazer o seu trabalho", defendeu.
O responsável indicou que o Governo "tem total controlo da situação" e que tem estado a informar os seus parceiros nacionais e internacionais sobre o que se passa no país, com a garantia de que nada poderá pôr em causa a realização das eleições presidenciais no dia 24 de novembro.
Armando Mango, que formalmente substitui o primeiro-ministro, Aristides Gomes, em visita privada ao Senegal, elogiou o comportamento das Forças Armadas por se terem mantido longe das querelas entre os políticos, disse.
"As Forças Armadas sempre disseram que estão nas casernas e reafirmaram essa sua postura", declarou o porta-voz do executivo guineense.
Questionado pela Lusa sobre se há detenções na sequência dos acontecimentos de hoje, Armando Mango remeteu para a justiça qualquer pronunciamento nesse sentido, mas salientou que quem tiver atuado fora da lei terá que assumir as consequências
Conosaba/Lusa
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