Há quase uma semana do início da campanha eleitoral para as presidências de Novembro próximo, intensifica a chamada de atenção de alguns políticos à população para não se deixarem levar pelos discursos que incitam a divisão étnica e religiosa no país.
Na semana passada Nuno Gomes Nabian, líder do Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) reconheceu que a sociedade guineense está profundamente dividida e afirmou igualmente que os grandes quadros políticos não têm capacidades de produzir por causa da política.
“Temos um país profundamente dividido pela política, temos grandes quadros que não têm capacidade de produzir devido a questões política, devemos ter a capacidade de, nós os guineenses ultrapassamos esta fase”, afirma, adiantando depois que “ o mundo hoje esta globalizado, devemos ter a capacidade de sermos competitivos, guineenses são inteligentes mas, não podem ser vistas no mundo porque estão vedados pela politica”.
Igualmente, no final da mesma semana, Paulo Gomes, o terceiro candidato mais votado durante as últimas eleições presidências de 2014 afirmou que o país neste momento está dividido, por isso, aconselhou ao novo presidente a ser eleito que, é fundamental exercer uma magistratura de influência para reconciliar o país.
“A eleição é uma etapa de muito ânimo de muita tensão entre mãe e filho e irmãos, mais o papel do novo presidente é de exercer uma magistratura de influência para reconciliar o país. Este país está dividido, só se queremos nos enganar que podemos falar que o pais não esta dividido, há uma polarização forte, ressentimentos, há raiva e ódio, é neste sentido que o papel do presidente da República para reconciliar e corrigir estes aspecto é fundamental”, aconselhou o economista.
Ainda na mesma semana, um dos candidatos as próximas eleições presidências de 24 de Novembro Baciro Dja, reforçou o mesmo apelo a população de não se deixar que a classe politica divida o país através da raça ou religião.
“ Quero falar aos meus irmãos muçulmanos cristãos, quero falar os meus irmãos animistas e evangélicos para não aceitarmos que as pessoas nos dividem pela religião. A Guiné-Bissau é o país mais pequeno do mundo com um maior número de etnias, a nossa maior riqueza é a convivência multicultural étnico e religioso, a nossa maior riqueza é a tolerância onde Adama com Mário se casam, onde Pedro e Aissatu se casam, onde Fula e mandinga se casam, essa é a maior riqueza do nosso país. Não devemos aceitar a classe política nos dividir através da raça e religião, não devemos aceitar os candidatos que falam na divisão entre os guineenses, isso é perigoso para o país”
Nas últimas semanas tem-se acompanhado várias intervenções de diferentes quadrantes, sobretudo nas redes sociais no que diz respeito ao envolvimento de alguns religiosos nas actividades políticas e as vozes que criticam a apresentação de certos políticos identificando com uma certa parte da população guineense.
Por: Amadi Djuf Djaló/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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