O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, considerou que as acusações de tráfico de droga contra o Governo revelam falta de "raciocínio lógico" e "ausência de capacidade cognitiva para fazer análises".
"Quanto a um suposto envolvimento do executivo governamental no tráfico de droga, o mesmo traduz a falta de um raciocínio lógico e, ao mesmo tempo, completa ausência de capacidade cognitiva de fazer análises", referiu Aristides Gomes, num comunicado a que a Lusa teve hoje acesso.
O candidato às eleições presidenciais apoiado pela Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB, no Governo) e pelo Partido de Renovação Social, Nuno Nabiam salientou, na sexta-feira, que é preciso esclarecer a situação da droga, "porque há uma confusão total em que tudo indica que o Governo possivelmente está implicado neste negócio".
O primeiro-ministro, no mesmo comunicado, afirmou que "seria incoerente" que o Governo, que "faz apreensões recorde de droga seja beneficiário daquela prática criminosa".
"O primeiro-ministro não deixa de manifestar a sua estranheza pelo facto da sessão da Assembleia Nacional Popular consagrada precisamente à questão da droga ter registado a ausência de Nuno Nabiam", notou.
Na terça-feira, Nuno Nabiam, que é vice-presidente da Assembleia Nacional Popular abandonou o parlamento juntamente com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15, líder da oposição) e o Partido de Renovação Social, depois de não terem conseguido alterar o período da ordem do dia para a questão da droga ser debatida antes do programa do Governo.
Em relação ao processo eleitoral, o primeiro-ministro garante que observadores nacionais e internacionais têm estado a acompanhar e a fiscalizar os trabalhos em curso.
A Guiné-Bissau realiza eleições presidenciais a 24 de novembro.
Conosaba/Lusa
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