Os economistas guineenses alertam que o preço básico da compra de castanha de Caju por mil (1 000) francos cfa poderá criar resistência nos compradores de castanha de caju, principal produto de exportação do país
O preço básico foi fixado pelo Presidente da Republica, segundo ele a pedido dos régulos.
Segundo alguns economistas ouvidos pela Rádio Sol Mansi (RSM) o facto poderá levar a dificuldades na implementação do preço “porque estima-se que o preço do mercado internacional este ano poderá ir até os 2050 por tonelada, contrariamente ao ano passado que teve até 1950”.
“A evolução é pouca em relação ao ano passado”, alerta um dos especialistas que avança que seria melhor que o preço evolua conforme o mercado.
“A fixação devia estar 850, ja que o ano passado teve uma fixação de 804”, defende outro economista que alerta que o preço do arroz deste ano tende a subir ligeiramente devido a subida do petróleo que saiu de 53 dolares por baril a 64 e o arroz saiu de 397 para 401 por tonelada no mercado mindial.
A RSM soube que as mesmas fontes adiantam que este ano a produção nacional do arroz teve uma ligeira queda devido as situaçoes de secas e problemas em algumas bolanhas.
Sobre o mesmo assunto a Rádio Sol Mansi tentou falar com o Ministério do Comercio que decidiu remeter-se ao silêncio.
Lembra-se que, na segunda-feira, o ministro da economia e finanças do governo demitido, João Aladje Fadia, diz estar preocupado com a situação da exportação da castanha de Caju porque o preço da referência no mercado internacional, neste momento, não está melhor do que no ano passado portanto “isso cria algumas preocupações”.
Fadia revelou as preocupações, esta segunda-feira (02), durante uma conferencia de imprensa conjunta com o FMI onde foi anunciada a prorrogação, para mais um ano, do programa do apoia a Facilidade Crédito Alargada para a Guiné-Bissau.
O certo é que alguns economistas recomendam a baixa do preço de compra de castanha nesta fase para deixar o próprio mercado regular-se automaticamente conforme a concorrência.
Informações que a RSM não confirmou dão conta que alguns comerciantes disponibilizam a entrar no terreno enquanto outros decidiram ficar a espera.
No ano passado o país exportou pouco mais de 160 toneladas de castanha de Caju devido a atrasos na fiscalização das fronteiras que levou a fuga para os países vizinhos.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Iasmine Fernandes
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